Autor: Robert J. Tamas
Meu amigo Richard gosta de falar sobre “viver o intervalo”. O “intervalo” a que ele se refere é representado pelo traço-de-união que aparece nas lápides de sepulturas, separando a data de nascimento da data da morte de alguém. Embora pequeno, esse intervalo representa tudo o que aconteceu na vida de uma pessoa entre as duas datas. Imagine-se ampliando esse intervalo para
visualizar todo o histórico da vida de alguém! Você ficaria satisfeito com o que pudesse ver?
Enquanto ainda respirarmos podemos determinar os eventos, ações, realizações e relacionamentos que nosso “intervalo” irá incluir. Para você que lê hoje este texto, o capítulo final de sua vida ainda não foi escrito. Não podemos mudar o passado, mas podemos moldar o presente e determinar o rumo que gostaríamos que o futuro tomasse. A questão é: como fazer o melhor uso do que resta do traço-de-união que um dia simbolizará a totalidade de nossa vida?
Existem várias abordagens para a questão, mas a que eu recomendo é consultar a Bíblia e considerar sua sabedoria que tem auxiliado milhões de pessoas ao longo de séculos. Eis uma pequena amostra de princípios que ela oferece sobre o tema:
Viva com perspectiva de longo prazo. Com frequência as pessoas consideram apenas benefícios imediatos no trato com dinheiro, na tomada de decisões nos negócios ou nas escolhas pessoais. Ter perspectiva de longo prazo significa não perder de vista o objetivo final, mesmo quando ele está além do nosso alcance. Isto nos ajuda a enfrentar dificuldades sem transigir com nossos valores pessoais. “Porque vivemos pela fé, e não pelo que vemos” (II Coríntios 5.7).
Busque excelência em tudo. Não seria triste olhar para trás e dar-se conta que não nos esforçamos para fazer o melhor no trabalho, nos relacionamentos ou mesmo em passatempos? Se nos empenharmos para alcançar excelência, com certeza teremos pouco do que nos arrepender. “O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força” (Eclesiastes 9.10).
Trabalhe com entusiasmo visando justa recompensa. Todos precisamos de algum tipo de motivação no trabalho: aumento de salário, reconhecimento pessoal, promoções ou senso de realização pessoal. Se nos esforçarmos para alcançar padrões elevados – aqueles estabelecidos por Deus – nossa recompensa será ainda maior. “Sirvam aos seus senhores de boa vontade, como servindo ao Senhor, e não aos homens, porque vocês sabem que o Senhor recompensará cada um pelo bem que praticar” (Efésios 6.7-8).
Dê assistência a outros. Empresários e profissionais compreendem a importância de investimentos. Entretanto, o maior investimento é feito em pessoas, seja material, em tempo, energia, sabedoria, experiência ou espiritualmente, ajudando-as em sua jornada através da vida. “Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a vida por nós, e devemos dar a nossa vida por nossos irmãos. Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus?” (I João 3.16-17).
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