Adoração e trabalho

Autor: George Foster




Sabendo dedicar-nos a ambos, experimentaremos um equilíbrio espiritual e produtivo em nossas vidas.
Maria e Marta: Pensemos um pouco nelas. Duas irmãs, dois estilos. As duas tinham muito em comum, mas havia também entre elas notáveis diferenças. Já ouvimos muitas comparações: Marta era trabalhadora, Maria adoradora; Marta era doméstica, Maria mística; Marta era operante, Maria extravagante. É provável que cada um de nós se identifique e se assemelhe mais com uma do que com a outra.
Embora Jesus elogiasse a escolha de Maria ao adorá-lo, não estava dizendo que uma das irmãs era melhor que a outra, ou mais amada por ele. Maria fez o que naquele momento era mais importante e mais adequado. No entanto, existem momentos em que o trabalho é a atividade mais apropriada. Precisamos saber conciliar as duas atividades no dia-a-dia, equilibrando adoração e trabalho. Melhor ainda é aprendermos a transformar o trabalho em uma atividade de adoração. O melhor trabalho é aquele que é feito como um ato de adoração. Quando não trabalhamos diligentemente como deveríamos, nossa adoração é afetada. Porém, quando trabalhamos em cooperação com Jesus, nosso trabalho se torna um ato de adoração.
A adoração é o combustível de que precisamos para realizar nosso melhor trabalho. Nela adquirimos a alegria e a força de que necessitamos para servir. Trabalhamos mais contentes quando temos uma vida de adoração, quando não permitimos que o sentimento de culpa, a amargura, ou o excesso de atividades nos impeçam de desfrutar do principal relacionamento de amor que podemos ter nesta vida – Jesus. A Palavra de Deus e a oração são os elementos da adoração que nos fortalecem para enfrentarmos a tentação. (Não só de pão vivemos, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Temos de vigiar e orar para não cairmos em tentação.)
Outro exemplo da necessidade de um equilíbrio entre trabalho e adoração, é o relato de Mateus 17.1-8, em que Jesus levou três dos discípulos para o monte da transfiguração. Quando os discípulos experimentaram a glória daquele momento, não quiseram descer do monte. Enquanto eles estavam ali adorando, os outros continuavam o trabalho de evangelização no vale, porém, sem alcançar sucesso. Um homem levara o filho en-demoninhado à presença deles para que expulsassem o demônio, mas eles não conseguiram fazê-lo. Faltou jejum e oração, foi a explicação que Jesus deu pelo fracasso. Aprendemos nesse relato que não devemos “armar a barraca” no monte, nem permanecer infrutíferos no vale. Temos de adorar e temos de trabalhar.
Melhor ainda é cultivar um relacionamento profundo com o Senhor de forma que o trabalho se transforme num ato de adoração igual ao daqueles momentos em que permanecemos assentados na presença dele.
Precisamos da adoração contemplativa de Maria, na qual recebemos a bênção de Deus. Precisamos da adoração prática de Marta, pela qual passamos a bênção a outros. Como está a nossa adoração? Como está o nosso trabalho?


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