Adoração e missões

Autor: João Arantes Costa
“Cantai ao Senhor… Proclamai a sua salvação, dia após dia.” Salmo 96:2

1. O lema da nossa XXII Conferência Missionária nos desafia a pensarmos, com mais profundidade, sobre a adoração e o culto cristão em uma dimensão missionária. Não temos como desvincular o culto cristão da responsabilidade missionária da Igreja. No Salmo 67 vemos essa relação culto e missões, quando o escritor sacro declara: “Seja Deus gracioso para conosco, e nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o rosto; para que se conheça na terra o teu caminho e, em todas as nações a tua salvação. Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos.” No versículo primeiro temos o culto, a adoração; no versículo 2 temos a comissão missionária: “Para que se conheça na terra o teu caminho e a tua salvação”.

2. A adoração é a mais alta e nobre atividade da qual o homem, pela graça de Deus, é capaz; enquanto missões é o maior desafio que o homem recebe na sua atividade de adoração. Isaías registra a sua experiência de adoração no capítulo 6 de sua profecia, e, no auge de sua contemplação do Senhor, Deus lança o desafio missionário: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós?” Isaías não tinha saída! A sua adoração abrira diante dele as janelas do mundo que mostraram-lhe “os campos brancos para a ceifa”. Ele responde o desafio do próprio Deus, dizendo: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.

3. Charles R. Swindoll, corretamente chama nossa atenção para importantes efeitos interiores da verdadeira adoração. Ele relembra-nos que a adoração alarga nossos horizontes e nos descentraliza de nosso ego. Também a nossa adoração enfraquece nossos temores e altera nossas perspectivas, mostrando o lado digno do nosso trabalho.

4. Mark Eary afirma que a adoração é uma experiência de cura de alma e uma dinâmica missionária na vida da Igreja. Ele diz: “A verdadeira adoração é o combustível da atividade missionária. Ela é o objetivo no sentido de que missões almejam trazer pessoas ao regozijo e à adoração do verdadeiro Deus. Também, o real comprometimento na obra missionária é fruto de um coração devotado ao Senhor”. Portanto, missões começam, se realizam e terminam em adoração.

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