Autor: Mauro Lima
O reino de Deus está visceralmente ligado à história da humanidade e da igreja. Existe conexão entre o reino e a igreja, porém não são coisas idênticas: primeiro aparece o reino (Mateus 4:17), depois a igreja (16:18). O reino é a totalidade da atividade divina em todos os lugares, épocas e circunstâncias; a igreja é a assembléia daqueles que participam da atividade remidora de Deus, por Jesus (Atos 20:28).
Quanto à igreja, é a comunidade daqueles: (1) que aceitaram o evangelho do reino pela fé; (2) que participam da salvação propiciada pelo reino; (3) em cuja vida o reino toma forma visível (o reino é visto através de nós); (4) que são sal da terra e luz do mundo (Mateus 5:13); (5) que tomaram sobre si o jugo do reino (Mateus 11:28-30); (6) que vivem segundo os mandamentos do rei do reino; (7) que receberam do seu senhor os talentos, na expectativa da sua volta; (8) que aguardam a vinda do reino em glória; (9) que são co-herdeiros do reino; (10) que participarão do reino na sua plenitude.
A igreja trabalha para a proclamação do reino e recebe sua “constituição”, a bíblia sagrada, do reino. A igreja é limitada e orientada pela revelação do reino de Deus, pelo seu progresso, pela sua vinda, sem que em qualquer ocasião ela se transforme no próprio reino. O reino não se confina nas fronteiras da igreja, ele não se manifesta apenas no seio da igreja. A soberania do reino de Jesus extrapola o campo da atuação e da presença da igreja, agindo permanentemente no mundo visível e invisível.
A existência do reino das trevas é um elemento de desvirtuamento do reino de Deus e do seu propósito eterno. Entretanto, a vitória definitiva do bem sobre o mal, da luz sobre as trevas, do reino de Deus sobre o de Satanás, com o efetivo desaparecimento do mal está prestes a ocorrer e decorre da vitória de Jesus sobre o pecado e a morte. À igreja cabe se submeter a Jesus e participar dos benefícios do reino de Deus.
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