A Noite de Halloween

Autor: Jehozadak A. Pereira*
Efésios 6:12

Há cerca de três anos precisei ir a um shopping center na zona sul de São Paulo, e deparei com um grande tumulto numa das lojas. Uma verdadeira multidão aguardava do lado de fora para entrar na loja entulhada de gente. Funcionários forneciam senhas e, no corredor do shopping, seguranças tentavam a todo custo colocar ordem naquele caos inesperado. Crianças chorando e pais aflitos compunham a cena. Mas qual era o motivo daquela histeria coletiva? Aqueles pais desejavam comprar para os seus rebentos fantasias e trajes para a “festa” de halloween ou, o popularmente conhecido dia das bruxas. Popular? Sim. Muito popular. Principalmente nos Estados Unidos da América. De onde vem o halloween? Trata-se de um evento originário entre os celtas, povo que habitava a Irlanda e a Grã-Bretanha, sendo comemorado desde há 2.500 da era cristã.

Os celtas acreditavam que na noite de 31 de outubro as leis do tempo e do espaço eram suspensas. Por causa disto, os espíritos vagavam soltos e os mortos visitavam seus antigos lares para exigirem comida. Havia também no fim de outubro o festival da colheita, conhecido como “Samhain”, chamado também “O Senhor dos mortos”, quando se faziam grandes fogueiras para assustar os espíritos. Para que estes fossem embora, as pessoas saiam às ruas carregando velas acesas e nabos esculpidos com rostos humanos, vestidos de modo mais assustador possível. Faziam também muito barulho.

Nos Estados Unidos o halloween chegou no século 19, e o nabo foi substituído pela abóbora, fruto mais comum que o nabo. Na década de 20 a antiga tradição virou brincadeira e hoje é uma das principais festas do país. Crianças saem fantasiadas pelas ruas, batendo nas portas, dizendo “trick or treat” literalmente travessuras ou bons tratos, para ganhar doces, tudo isto nos dia das bruxas. Dia das bruxas? Vejamos: As bruxas modernas tendem a se referir à sua religião como wicca, a forma feminina de wicce – do inglês antigo, que significa witch – bruxa. Tanto os seguidores do sexo masculino quanto do feminino são conhecidos como bruxas e bruxos, embora o culto seja decididamente matriarcal, onde a suprema sacerdotisa de cada convenção é vista como a personificação – em alguns ritos, até mesmo como encarnação – da grande mãe deusa, que é a divindade principal do movimento. Os maiores festivais da bruxaria moderna são sazonais. Marcam o equinócio da primavera em 21 de março, Beltane em 30 de abril, o solstício de verão em 22 de junho, Lammastide em 1º de agosto, o equinócio de outono em 21 de setembro, o Halloween em 31 de outubro, o solstício de inverno em 21 de dezembro e Candlemas em 2 de fevereiro. O culto e as atividades da bruxaria são essencialmente atribuídas às mulheres.

Algumas bruxas trabalham vestidas com manto, outras ‘vestidas’ pelo céu – isto é nuas – e outras das duas maneiras, dependendo das condições meteorológicas. Apesar dos aspectos de fertilidade do culto, há pouco sentido sexual na nudez, que é adotada por causa da crença das bruxas que as roupas interferem na emanação da energia pessoal. Atribui-se às bruxas evocar os ‘poderosos’, os soberanos, e os elementais da Terra, do Ar, do Fogo e da Água. Fazem parte das cerimônias os ritos de possessão mediúnica de muitas religiões xamânicas. É certo que na inquisição católica, mulheres velhas, solitárias e as parteiras, entre outras eram acusadas de bruxaria, e por isso foram queimadas e torturadas simplesmente porque eram denunciadas por seus vizinhos com quem não tinham um bom relacionamento.

Ou seja, o halloween, não passa de um culto aos demônios. Pais, sem o saber, levam seus filhos para este culto, realidade esta que vem se intensificando no Brasil a cada ano que passa. Um dos focos são as escolas de inglês, que incentivam seus alunos a participarem das tais “festividades”. Empresas, comunidades, entre outros, promovem o halloween no Brasil, e é cada vez mais comum ouvirmos nas ruas frases como “feliz halloween!”. Mas como pode ser feliz um procedimento que vem do inferno? Nos EUA o evento é cercado de pompa e circunstância, e por anos seguidos temos visto o vice-presidente americano Al Gore, participando com sua esposa, como no ano passado em que saíram fantasiados de múmias. A agravante é que Gore é conhecido por ser um crente, e uma das reservas morais do atual governo americano. Duvida-se de que ele não tenha conhecimento do verdadeiro significado do halloween. Participar do halloween é brincar com uma serpente venenosa ou ainda mexer com fogo. Quem sabe do real perigo de se envolver com práticas escusas certamente vai fazer de tudo para evitar tais coisas. Este opúsculo não vai certamente suprir a necessidade de informação a respeito da pretensa “festa” , mas creio que servirá para elucidar e avisar do perigo. Há de se ficar certamente chocado por ver que rituais pagãos da antiguidade ainda hoje influenciam a vida de muitos.

O grande problema é que o halloween é tomado por uma festa, quando na realidade é uma aviltante afronta à fé cristã, enquanto que o Evangelho é claro, objetivo, direto e trata de salvar o homem perdido, tais rituais jogam o homem na mais profunda escravidão e escuridade. O halloween é pesado, soturno e sorumbático, carregado da atmosfera do inferno, assustando ao mesmo tempo em que quer fazer parecer que é uma inocente e pueril brincadeira. E de novo os órgãos de imprensa se prestam a divulgar o evento dando a ele um viso cultural, quando na realidade é um cerimonial funesto, cujo fim será uma humanidade abatida espiritualmente e carente da Graça e da misericórdia divinas.

Caros pai e mãe, jovem e adulto, pelo amor de Jesus Cristo, abomine rituais como este. Não devemos nos esquecer de que o halloween, é um ritual de bruxas e de bruxarias, de demônios e de espíritos. Participar é estar em conluio com tudo isto. Contudo o apelo para que participemos de tais atividades é intenso, lembro-me da minha infância e adolescência, quando na escola era compelido a participar das festas juninas, e meu pai jamais permitiu que eu e meus irmãos tomássemos parte daqueles rituais. Ele explicava a cada ano e pela graça de Deus, não participar foi uma das grandes bênçãos da minha vida. Agradeço ao meu pai, por ter me preservado daquilo. Hoje o nosso papel é o mesmo. E cabe a nós alertarmos os nossos filhos, nossos amigos, lembrando-lhes de que Deus abomina os feiticeiros e todos aqueles que participam de tais rituais – Apocalipse 22:15.

Trago ainda à nossa memória de que aquilo que (supostamente) é bom para os EUA, necessariamente não é recomendado para nós brasileiros. Que Deus nos ajude a discernir e pelo poder da Sua Palavra nos livrar destas imposturas do nosso inimigo. Aviltamento. Isto é halloween! Este pequeno artigo procurou mostrar em linhas gerais que o halloween é um cerimonial dedicado aos mortos, e convém lembrar que nós somos vivos. Vivos, pelo poder glorioso e restaurador do sangue do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!

*Jehozadak A. Pereira é jornalista e escritor.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*