Autor: Paulo César Sampaio
Recomendo leitura de Lucas 24.1-12, para que você entenda melhor o que vem a seguir. Trata-se de uma análise sobre o que é, de fato, ‘paixão’.
Está escrito: paixão é sentimento fortíssimo que suplanta a razão, o bom senso e a lógica dos fatos. Armor ardente, segundo popularmente é conhecido. O bom e velho dicionário nos diz isso tudo.
Abril lembra Páscoa, que lembra ovos de chococalate, que lembra coelhinhos graciosos pintados nas faces das crianças, que lembra pão de côco, que lembra peixe (bacalhau, de preferência da Noruega, R$ 70,00/kg – um absurdo!).
Abril que lembra existência de grande ‘feriadão’ (sexta-sábado-domingo). – ôba, vou viajar! Dirá alguém aflito para acabar o trabalho e, por Deus, viajar!
Abril que lembra já estarmos quase na metade do ano… quase na metade do ano – como passa rápido o tempo, né? Abril que lembra alguma coisa e/ou alguém… o que será mesmo, hein? Ah, sim, que lembra Páscoa (já falei, né?).
Quem foi mesmo que morreu em abril? Tiradentes! Tiradentes – dirá o estudante aos berros. Não, não foi só Tiradentes; Jesus também morreu em abril – dirá um seminarista, convicto. O estudante consternado: “Meu Deus, Ele morreu mesmo, né? Mas ressuscitou, né? Ai que bom, assim eu posso ter este ‘feriadão’ todo ano… Assim, muitos ainda pensam e se expressam hoje. Não têm eles consciência da grandiosidade do fato maior: a ressurreição do Cristo de Deus.
Verdade seja dita, mais de 1,5 bi de católicos ainda celebram a Páscoa judaica. Sim, nossos irmãos católicos celebram uma festa eminentemente judaica (Exôdo 12)! Os evangélicos não celebramos Páscoa; mas a Ceia do Senhor (Eucaristia). E o fazemos todos os mêses em nossa pequenina Bethfagé, aqui em Fortaleza, em obediência a uma ordenança de Jesus Cristo, segundo Paulo; não este escriba; mas o apóstolo, na correspondência aos coríntios, capítulo 11.
Mas, voltemos a maior das ‘com-paixões’ que alguém já demonstrou. Leiamos João 3.16. O que podemos entender aqui?
1. Deus amou o mundo -> não o desprezou, não o deixou ao ‘deus-dará’ (sic) como muitos pensam. Deus, de fato, amou o mundo. Como? De que maneira?
2. De uma tal maneira -> de uma maneira tal, indescritível, imensurável, que deu (gesto de amor, de doar-se espontâneamente) o seu próprio filho Jesus, qual se fez carne e habitou entre os simples mortais, segundo o apóstolo João, capítulo 1. Por quê?
3. Para que todo aquele que n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Aqui está a razão de tudo: vida eterna. Todo aquele que n’Ele venha a crer jamais morrerá! Como recompensa pelo ato de fé, aqui na terra, tornar-se-á ET (extra-terrestre)! Puro e simples: você poderá já começar a usufruir da eternidade hoje, aqui e agora, se abrir seu coração e se deixar invadir pelo Espírito Santo de Deus. A morte, vilã de há muito, passará a ser apenas uma passagem – nada mais.
Em Nova Jerusalém (PE), tivemos, mais uma vez, outra encenação da ‘Paixão de Cristo’ – com atores globais. Vale dizer que os atores primeiros, aqueles que criaram o espetáculo, foram tirados de cena pela Globo Recife (ou passaram a meros figurantes…), para que os rostinhos bonitinhos de atores e atrizes globais brilhassem mais… Menciono esta obviedade para lembrar que aquilo não passa disso: uma encenação, linda e maravilhosa, mas uma encenação. Milhares se emocionam, choram; depois pegam seus transportes e voltam às suas casas em meio a bebidas outras que não apenas o milenar vinho… Até o próximo abril, no próximo ano!
Milhões já assistiram o filme de Mel Gibson. Sairam dos cinemas profundamente emocionados, olhos lacrimejando, etc. Os que não conhecem a Bíblia saem com a pergunta: por quê? Não sabem eles (ainda) que a razão de tudo aquilo foi eles mesmos! Sim, a razão de tudo aquilo foi VOCÊ que está lendo este devocional agora! Foi por você e por mim que Jesus fez o que fez, sofreu o que sofreu, chorou o que chorou, suportou o que suportou – foi por puro e abundante amor, diria mais: pura ‘com-paixão’ por VOCÊ.
A razão maior porque estamos aquí é esta: cremos na ressurreição de Cristo. Todo o cristianismo se fundamenta nesta pilastra “Ressurreição”. Sem isso, tudo o mais será inútil. Leiam o que diz Paulo na primeira correspondência aos coríntios, cap. 15. 1-3; 12-19.
Por quê ainda buscar entre os mortos, ao que vive para sempre?
Por quê buscar entre os sem-vida, Aquele que criou a própria vida e a deu em resgate por cada um de nós?
Por quê insistir em rejeitá-Lo apesar de tudo o que Ele fez?
Por quê desobedecê-Lo, você que já O conhece?
Finalmente, por quê não mudar de vida ainda hoje, aceitando-O como salvador de sua própria vida?
Cristo: alegria, salvação e certeza de ressurreição – sua e minha.
Soli Deo Gloria
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