A história da Bíblia

Autor: Desconhecido
Introdução

A palavra Bíblia é derivada do grego, e quer dizer coleção de livros.

A Bíblia é basicamente dividida em duas partes: O Antigo Testamento (AT) e o Novo Testamento (NT). Cada Testamento é construído por vários livros, sendo 39 no AT e 27 no NT. Cada livro é dividido por capítulos e cada capítulo dividido por versículos ou versos.

A maior parte do Antigo Testamento foi escrita primeiramente em Hebraico há muitos séculos antes de Cristo por profetas, reis, escribas, poetas, etc, que mantiveram registros de sua história, do relacionamento de Deus com eles, de suas visões dadas por Deus e suas esperanças.

O Novo Testamento foi escrito depois de Cristo basicamente pelos próprios discípulos e ”servos” do Senhor Jesus Cristo.

A Bíblia é certamente o livro mais conhecido e mais vendido no mundo inteiro. A Bíblia foi traduzida para o português por João Ferreira de Almeida e é também chamada de: Bíblia Sagrada, Escritura, Palavra de Deus ou somente Palavra e Espada.

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.”

O Antigo Testamento

É chamado de Antigo Testamento os relatos escritos antes do nascimento de Cristo. Foram escritos por homens tais como: profetas, reis, escribas, poetas do povo, etc, usados por Deus para a execução da Sua vontade. Tais relatos foram copiados e recopiados várias vezes e, de geração em geração, foram usados pelo povo hebreu nos templos, nas sinagogas e suas nas residências. A maior parte do AT foi escrita em Hebraico e apenas alguns capítulos em dialeto Aramaico.

Com o passar do tempo, os registros foram organizados em três partes chamadas de: “A Lei”, “Os Profetas” e “As Escrituras”.

Na “Lei” continham os primeitos cinco livros da nossa Bíblia atual, ou seja, Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Nos “Profetas” incluiam-se os livros de Josué, Juizes, Samuel I e II, Reis I e II, como também os relatos dos profetas: Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze profetas menores. Nas “Escrituras” continham os livros de poesias, os Salmos, Cânticos de Salomão, Rute, Lamentações de Jeremias, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas I e II. “Escrituras”, também é o nome que se dava à coleção de todos os livros que se consideravam como a Palavra de Deus para o Ser humano. Cada livro era escrito em um pergaminho, que geralmente eram fabricados de pele fina de cabra, sendo que os livros da Lei foram escritos juntos em dois grandes pergaminhos.

A língua Grega restringia-se quase que inteiramente à Palestina, mas, já muito tempo antes de Cristo, haviam comunidades israelitas vivendo em várias partes do mundo antigo. Devido às conquistas de Alexandre e de seus sucessores, o Grego havia se tornado na língua mais amplamente utilizada. Foi no Século III a.C., que sentiu-se a necessidade de traduzir as “Escrituras” do Hebraico para o Grego. Essa tradução é denominada “Septuaginta”.

A Septuaginta contém sete livros que não fazem partes da coleção Hebraica. Eles não estavam incluídos quando a lista oficial das Escrituras foi estabelecida pelos israelitas ao final do século I d.C. Estes livros são chamados de “Apócrifos” ou “Deuterocanon”.

Essas Escrituras ou “Antigo Testamento” em Grego, foram utilizadas em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo.

O Novo Testamento

É chamado de Novo Testamento os relatos escritos depois de Cristo. O NT foi escrito em Grego, já que era a língua mais utilizada naquela época, principalmente pelos próprios discípulos de Jesus Cristo, por Paulo e João.

Os primeiros manuscritos do NT que chegaram até nós são algumas cartas do apóstolo Paulo escritas à pessoas ou grupos de pessoas, em diversas cidades, que tinham crido no Evangelho que ele lhes pregara. Desse primeiro grupo de pessoas, deu-se o início à primeira igreja cristã.

As cartas de Paulo começaram a circular quando outros grupos de pessoas também desejavam ter cópias delas.

A necessidade de pregar o evangelho, de se fazer conhecidas as obras e os ensinamentos do Senhor Jesus Cristo, fez com que muitos empreendessem uma narração coordenada dos fatos que ocorreram durante a vida dEle no mundo.

O Novo Testamento foi organizado em meados do século V em 27 livros divididos em quatro grupos: Os Evangelhos, Atos dos Apóstolos, Epístolas, e Apocalipse. Essa catalogação dos livros não corresponde à ordem cronológica da sua redação ou publicação; é, antes um agrupamento temático e por autores.

Nos “Evangelhos”, encontram-se quatro livros: Mateus, Marcos, Lucas e João, que são a narrativa dos fatos ocorridos durante a vida do Senhor Jesus no mundo, bem como as suas obras e os seus ensinamentos. Nos “Atos dos Apóstolos”, encontram-se narradas os acontecimentos depois da ascensão de Jesus Cristo. O Título do livro como sendo “Atos dos Apóstolos”, foi dado pela Igreja do século II.

Nas “Epístolas”, encontram-se as CARTAS de Paulo aos Romanos; I e II Coríntios; aos Gálatas; aos Efésios; aos Filipenses; aos Colossenses; I e II Tessalonicenses; I e II Timóteo; Tito e Filemom, a CARTA aos Hebreus e as CARTAS chamadas universais, que são: Carta à Tiago; I e II Pedro; I, II e III João e Judas.

No “Apocalipse”, encontra-se a revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer e que Ele, enviando por intermédio do seu anjo, notificou a João, quando este se encontrava exilado, por causa do Evangelho, na Ilha de Patmos (ao sudoeste da Costa da Ásia Menor, no mar Egeu), entre os anos 93 e 95.

O mais antigo fragmento escrito do NT hoje conhecido é um pedaço de papiro, escrito em meados do século II, contendo algumas palavras de João 18: 31-33, também algumas palavras dos versos 37 e 38. Nos últimos cem anos descobriu-se uma quantidade considerável de papiros contendo o Novo Testamento.

Flavius Theodosius, chamado de Theodosius o Grande, imperador romano do leste em 379-395, proclamou e impôs o Cristianismo como única religião oficial do império Romano. Daí, surgiu-se uma demanda ampla de boas cópias dos livros do Novo Testamento. O imperador encomendou cinquenta novas cópias grandes para as igrejas de Constantinopla. É muito provável que esta tenha sido a primeira vez em que o Antigo e Novo Testamento foram apresentados em um único volume, agora denominado Bíblia.

Conclusão

A Bíblia é a Palavra de Deus para todo o homem. É um livro completo, é para todas as idades e para todas as épocas. Na Bíblia encontra-se o passado, o presente e o futuro da humanidade.

“A Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.” (Hebreus 4:12)

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeiro e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (II Timóteo 3:16,17)

“Haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sendo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. Tu, porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições…” (II Timóteo 4:3-5)

“Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” (Isaías 55:6)

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” (II Timóteo 2:15)

Fontes: Sociedade Bíblica do Brasil / Sociedade Bíblica do Canadá.

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