Autor: Valdir Xavier de França
Recentemente todos nós fomos impactados com os últimos lançamentos da Rede Globo de Televisão no campo da teledramaturgia brasileira. Porto dos Milagres, Estrela-Guia e mais recentemente a Padroeira causaram grande alvoroço no meio evangélico, principalmente por estas retratarem a fé afro-brasileira e o movimento da Nova Era, e como sempre os espiritualistas de plantão se apressaram em alardear como mais uma das terríveis ameaças à nossa fé cristã evangélica, perpetradas por esta emissora.
Porém, o que a Globo não sabe, e muitos dos nossos cristãos evangélicos também não, é que a relação da estrela guia com a fé cristã é muito maior do que se imagina e deve ser resgatada por todos nós, enquanto adoradores do Salvador Ungido de Deus, e que diferentemente da primeira (da Globo), a segunda (do Messias) produz frutos para a eternidade.
O enredo de Mateus é muito diferente da versão Global. A estrela que aparece no Oriente, diferentemente da que aparecia todas as noites na tela da Globo, nos anuncia o menino cuja história revela o amor e o cuidado de Deus, que é capaz de se auto-revelar em carne e osso, sangue e suor, mostrando quem realmente ele é, e o seu nome nós sabemos que é maravilhoso, pai eterno, príncipe da paz, conselheiro, Deus forte.
A estrela guia na versão mateana convida à adoração todos aqueles que estão distantes, os gentios, os religiosamente inadequados, os impuros. Eles são os primeiros a vir adorar o Messias, o Deus presente, o Emanuel, caracterizando a verdadeira atitude de um discípulo (cf. João 4:23, Mt.2:2;28:17). A estrela guia do Messias, brilha no Oriente numa afirmação de que aqueles que vivem em trevas podem experimentar a luz da vida que ilumina as mentes e corações.
A estrela guia do Messias é a luz diante da qual os sistemas do tipo Global, que semelhantemente a Herodes e toda a cidade de Jerusalém, se alarmam e se escandalizam com a noticia do novo Rei (v.3). Todos eles serão julgados em relação àquele a quem a estrela guia. Em Mateus a reação do rei, dos sacerdotes e dos escribas que representavam a estrutura de poder da época é caracterizada pelas trevas (morte dos inocentes), eles começam juntos a se perguntarem novamente sobre o Messias (v. 4), num drama que vai se arrastar até o calvário.
A novidade da luz, manifestada através da estrela guia (do Messias) deve refletir o raiar de um novo dia, de uma nova realeza, de um novo sistema mais forte e poderoso do que qualquer império que jamais se levantou na história da humanidade. O Reino para o qual a estrela nos guia, é o Reino eterno que subsistirá para sempre, o Reino de Deus, então que venha o vosso Reino!
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