Autor: Manoel A. da Silva
A família hoje, em todos os seus desafios, no que tange a mudança de valores, representados pelas filosofias deste mundo, com marcas tão peculiares, -que estudamos, como EBD, no segundo trimestre-2004-, não pode deixar de ser avaliada à luz de determinados contextos, como os que estamos estudando nestes dois primeiros domingos.
Primeiramente devemos estar bem conscientes que as famílias vivem um tempo de grandes desafios. Não podemos dissociar a dinâmica familiar do seu contexto cultural. Ela reflete, ou tende a refletir, esse contexto. Nem podemos falar em termos de modernidade porque esta já exerceu o seu papel e a sua influência, mas podemos falar em termos de pós-modernidade, que traz desafios diferentes daqueles dos anos 70. Vivemos, hoje, a era do referencial relativo e volátil.
Cada um tem o seu referencial “isso é marca dessa pós-modernidade-, e assim mesmo mutável, na proporção de seus interesses psicológicos e materialistas. Juntamente a isto, percebemos a família à mercê de uma superficialidade de relacionamento interno, intenso. A ênfase é no individual. “Cada-qual-vive-como-quer” e “ninguém-é-de-ninguém”. A partir daí, a urgência de tudo e o descompromisso com o outro, -entre outros-, mesmo na relação intra-lar, fazem desabar uma estrutura de família, antes tão fortalecida, quando tinha um referencial mais estável.
Como é importante a compreensão dessa dinâmica! Igualmente importante, é a compreensão do “status quo” da família do ponto de vista sociológico. No Brasil existem contextos diferenciados de estruturas familiares, que precisam ser analisadas individualmente, para que entendendo essa individualidade, bem como a diversidade, possamos estar mais em condições de valorizar a nossa identidade familiar e estar mais em condições de ajudar outras famílias.
A identidade familiar é caracterizada pelo lugar onde vive (Grande São Paulo – periferia ou não; cidade interiorana; ou, regiões diversas desse Brasil); é caracterizada, também, pelo aspecto cultural; aspecto religioso; aspecto sócio-econômico, etc. Uma família pobre pode ser feliz, se compreender essa individualidade e diversidade. Ao contrário, pode ser infeliz se existir frustração por não ter a mesma condição sócio-econômica que outra. Portanto são extremamente práticas estas aplicações quanto A FAMÍLIA CRISTÃ: a) precisa ter cuidado para não perder sua identidade; b) precisa entender que todos somos iguais perante Deus; c) precisa estar disposta a abençoar outras famílias; d) deve preservar os valores da família; e, e) deve zelar pelos valores espirituais. O contexto é importante na compreensão e solução de problemas familiares.
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