Autor: Sergio Ribeiro
A foto acima é uma representação do que pode acontecer com aqueles que não vende a sua integridade teológica no balcão da popularidade eclesiástica, e não são polítiqueiros religiosos que se escondem atrás de uma capa de santidade, e legitimam tais atos em nome Deus”
A natureza e extensão da religiosidade de Jerusalém está sucintamente resumida pelo profeta Ezequiel em sua exposição dos pecados de Jerusalém no capítulo 22. Este capítulo fala do desafio de Deus a Ezequiel. Ele insiste no fato de que algumas membros da religiosidade judaica estava contribuindo para a morte espiritual de Jerusalém. Eles transgrediram a lei (26) “ As minhas coisas santas desprezaram” (8), “e de meus sábados escondem seus olhos”. É estas são pessoas encarregadas de construir uma espiritualidade voltada para Deus, no entanto estão sendo influenciadas por um sistemas onde os lideres, conselheiros, profetas e sacerdotes estão negociando os valores e teocráticos em troca de segurança, riquezas, estatus, reconhecimentos e bajulações, os quais o sistema religioso poderia oferecer.
Uma sociedade é estruturada por três sistemas; político, econômico e religioso, estes três sistemas pode se tornar opressor, injusto e desumanos, porque coloca na mão do ser humano o “poder” sendo este um elemento de grande contribuição para a corrupção do ser humano, como afirma o filosofo Michel Fhuco “ O poder corrompe”. Fato que se transforma em problema para a esfera eclesiástica”.
Há uma síndrome que corrompe o Reino de Deus, reduzindo e o colocado dentro de um sistema religioso, e não o sistema religioso dentro do Reino de Deus, tornando o sistema, maior do que o Reino de Deus. Muitos estão negociando os valores em troca de favores, méritos, posições, estatus eclesiásticos, bons salários, apartamentos carros, posições eclesiásticas; que coisa deprimimente, medíocre é patética que tenho que ver. Tal comportamento envolve uma falta de caráter e do novo nascimento em Cristo. O caráter e a identidade já não são valores perpétuos para muitos, mais sim valores transitórios, os quais são construídos de acordo com os regulamentos do sistema religioso, o qual coloca o Reino de Deus em segundo plano, pois o que importa são os benefícios que o sistema religioso poderá oferecer. Com toda certeza, que destes tais, o Reino de Deus não precisa.
O Reino de Deus precisa de homens que sejam formadores de opiniões, os quais tenham seus valores inegociáveis, os quais não se vedem diante das ofertas, precisa de homens com mesma mentalidade de Agostinho quando disse “ No fundamental seja radical e inegociável , mas no secundários seja cordial”. Todos os sistemas têm uma cartilha o qual obriga-se a caminhar por ela. Não existe sistema religioso perfeito, todos estão em processo de estruturação, alguns para mais e outros para menos. Mas uma das tendências do sistema religiosa e idolatrar seus sistemas, fazendo dele, algo inviolável, indialogavel e imutável.
É verdade que há valores que são inegociáveis, mas, porém ha outros os quais devem ser revisto, teológados e contextualizados para um melhor avanço do Reino de Deus como disse Don Wars “ a resposta de ontem pode não ter nada a ver com o problema de Hoje”. Mas quem dará a face para bater ? aqueles que não negociam os valores e os ideais os quais acreditam, e que mesmo debaixo de criticas e de exclusão ministerial segue em frente.
A frase “ que todo homem tem um preço” não deve ter relevância no contexto religiosos”, mas sim a frase de Mahatma Gandi “Tolerância mútua é uma necessidade em todos os tempos e para todas as raças. Mas tolerância não significa aceitar o que se tolera”.
Constantemente sou obrigados a ouvir sermões meopaticos, que não faz mem bem e mem mal. Sermões desafiadores, denunciantes, que tira a igreja e os lideres da zona de conforto, não são bem vindos, e os que assim se comportam, são exilados do sacerdócio. Quando a igreja fechou as portas para Jonh Wesley, ele disse: “O mundo será minha paróquia”, assim as igrejas ficaram vazias, porque todos estavam nas praças ouvindo a mensagem de Wesley.
A história nos revelam homens que mudaram o curso da história e contribuiriam de maneiras importantes e fundamentais para com Reino de Deus. O que seria da igreja atual se homens como Martinho Lutero, Jonh Calvino, Jonh Weley, Erasmo de Roterdã, Jonh Huss, Jonh Bunyan, Jônats Edwards, Jorge Whitelid, Hudson Taylor, Moody e tantos outros, se eles tivessem se vendidos diante das ofertas religiosas ? Oprimidos os seus valores e ideais os quais acreditavam ? Seria o verdadeiro Caos!!!!!
O que seria de Índia se Gandi tivesse aberto mão de suas idéias e se vendido ao sistema político que lutaram contra ele? O que seria da África se o Presidente Mandela tivesse se vendido ao sistema político quando esteve encarcerado como preso político? O que seria dos negros Norte Americanos se o Pastor Negro Marter Luter King tivesse se vendido ? O que seria dos Negros? mas Luter King não se vendeu, foi assinado brutalmente e covardemente, mais não abriu não de seus valores.
“As opiniões são mais fortes que os exércitos. Se fundadas na verdade e na justiça, as opiniões ao fim prevalecerão sobre as baionetas das infantarias, os tiros da artilharia e os avanços da cavalaria.” Sr. Hrushchev.
Na verdade eu estou enojado com a política do puxa-saquismo eclesiástico, enojado pela política do tapinha nas costa, enojado daqueles que não vê a igreja como ela é, mas sim como á convém, enojado daquele que fazem do pastorado uma profissão, enojado daquele que fazem do ministério cabides de empregos, enojado de um ética parcial, que liberta, apóia e bajula alguns, e crucificam outros inocentes, enojado pela política do Status- Ko dentro do âmbito eclesiástico, enojado por uma política eclesiástica da neopatia, enojado de uma teologia do “feijão com arroz” que despreza a intelectualidade e o pensamento, e aplaude o monumento da ignorância.
O que a Igreja de Cristo precisa é de homens coma mesma estirpe e caráter de Martinho Lutero, que tenha coragem de lutar contra uma eclesiologia ditadora, fundamentalista que se acha dona da verdade, e que através de suas inquisições respaldada e uma ética parcial, acusa de hereges e mata os profetas e penasdaores.
“A pretensão de posse da verdade torna impossível a tolerância, sem a qual a liberdade e o livre exame não se pode sobrevier, assassinando o espírito profético. Porque o profeta é sempre um desviante, que denuncia a verdade socialmente aceita como falsidade e idolatria que é anunciada em sua verdade”.
Lutero foi excomungado sobre o terno de ser herege, isso só aconteceu porque Lutero lutou contra um poder eclesiástico político maior do eu ele. Como afirma o teólogo Rubens Alves:
“Herege é um mecanismo de defesa criado pelas instituições eclesiásticas a fim de preservar a sua unidade cognitiva, e por este mesmo ato elas declaram não haver lugar, no seu interior, para repensar o que pela a instituição já está pensado; e assim assassinando o que surge inevitavelmente do livre exame e da liberdade. A ortodoxia pressupõe existir uma identidade entre as Escritura Sagrados e as definições doutrinárias já cristalizadas. Aquele que é definido como herege é aquele que afirma existir uma contradição entre as Sagras Escrituras e a forma da instituição pensar. Em outras palavras: ele declara que aquilo que a instituição aceita como verdade pode não ser a verdade”. Sergio Ribeiro.
Que venha a perseguição, que o carrasco sobre a face de guardião da verdade solte a corda da guilhotina, e o pescoço dos profetas e pensadores seja decepado pela lamina da inquisição, e que ainda que o exílio ministerial seja meu companheiro, assim falarei como Lutero, que diante da inquisição de Worns, quando foi interrogado sobre a pergunta de retratar tudo o que disse e escreveu, respondeu:
“A menos que prove pela escrituras, e não pelas vaidades humanas e políticas eclesiásticas que estou errado, eu não posso negar o que falei e o que disse, por que se assim o fize-se, estaria negando a Deus e a si mesmo”
Um ano após esta declaração, nasce a confissão de fé de Aunsburg, sobressaindo a cima de todos os mecanismos de opressão religiosa, e marcando assim o inicio da Igreja Reformada. Hoje, depois de 500 anos cerca de 1 Bilhão de pessoas oram em templos inspirados pela reforma de Lutero, tudo isso aconteceu porque muitos homens e principalmente Lutreo não vendeu a sua integridade teológica no Balcão da popularidade eclesiástica.
O que seria da Igreja atual, se Martinho Lutero tivesse aceitado do Papa Leão o cargo de Cardeal chefe de Roma, para retratar os seus livros e as 95 teses? O Reino de Deus precisa de homens com esta mesma estirpe e caráter, homens visionários, revolucionários, formadores de opiniões, os quais em consonância com Reino de Deus não abre mão de valores e ideais, em que acreditam, e não se vende em busca de benefícios e que estão conscientizados.
Talvez a liberdade possa subsistir somente nas margens do mundo socialmente construído; por isso aqueles que ouvem o chamado da liberdade, e pensam livres das amarras instrucionais estejam condenados a marginalidades, à inquisição e ao exílio ministerial. Tal como aconteceu com os profetas e com Jesus.
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