Cinco alicerces firmes para um novo ministério

Autor: David Kornfield




Seu ministério é bem alicerçado? Você já parou para identificar os alicerces do seu ministério? Se não, todo seu esforço pode ser como o do “insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande a sua queda” (Mt 7.26b, 27).

O início é o momento de colocar alicerces. É bem mais difícil colocá-los no meio ou no final de uma reforma. Se você está começando seu ministério ou uma nova fase dele, atente para os alicerces patentes no início do ministério de Jesus:
1. O derramar do Espírito Santo
2. Firme convicção de sua identidade
3. Testes que provam seu caráter
4. Firme convicção de seu chamado
5. A escolha de sua equipe

Estou num ano de transição entre o velho ministério MAPI nos moldes que construí e o “nascimento” de um novo MAPI. O primeiro foi bom em muitas coisas; o segundo pretende ser excelente em pouco: apoiando pastores e suas equipes de liderança para serem saudáveis. Estou em transição, assim como muitos pastores e líderes. Que Deus nos ajude a colocar os alicerces necessários para a nova fase de nosso ministério.

Três destes alicerces se encontram nos seguintes versículos: “16 Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento o céu se abriu, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele. 17 Então uma voz dos céus disse: ‘Este é o meu Filho amado, em quem me agrado’. 1 Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo Diabo” (Mt 3.16, 17; 4.1).

A unção ou derramar do Espírito não caracterizou apenas o início, mas todo o ministério de Jesus. Ele deu autoridade a seus discípulos antes de enviá-los como apóstolos e mais tarde ordenou que esperassem pelo batismo com o Espírito Santo para começarem plenamente seu ministério (Lc 24.48,49; At 1.8). De forma parecida, Paulo ficou cego e parado até receber a imposição de mãos e ser cheio do Espírito para então começar seu ministério (At 9.17, 18). O começo de novas igrejas foi caracterizado por essa unção (At 8.14-25; 10.44-48; 19.1-7). A comissão pelo Espírito Santo marcou o início da primeira equipe missionária em Antioquia (At 13.1-3). No período em que Timóteo firmava os alicerces na igreja de Éfeso, Paulo o alertou para manter “viva a chama do dom de Deus que está em você mediante a imposição das minhas mãos” (2 Tm 1.6). Ai de nós se iniciarmos nossos ministérios sem este alicerce, podendo cair na condenação de ter “aparência de piedade, mas negando o seu poder” (2 Tm 3.5).

Jesus foi afirmado pelo Pai em sua identidade de filho. Essa declaração aparece nove vezes na Bíblia, começando séculos antes dele nascer e encerrando décadas depois (Mt 3.17; veja Is 42.1; Mt 12.18; 17.6; Mc 1.11; 9.7; Lc 3.22; 9.35; 2 Pe 1.17). Muitos pastores e líderes têm uma identidade de servo e não de filho. Como servo ou obreiro, sentem-se obrigados a ajudar os outros, ganhando seu sentido de valor nisso. Como filhos, o ministério é o transbordar de amor, aceitação e alegria, de acompanhar o Pai no que enxergamos que Ele está fazendo (Jo 5.19, 20a). A maioria entende mais a teologia de ser filho de Deus do que a realidade de ser como Jesus na prática. Sempre reproduzimos segundo nossa espécie e é trágico saber que reproduzimos servos ou obreiros bem mais do que filhos.
O terceiro alicerce é passar por um teste que prova seu caráter. Depois de 40 dias de preparo, o teste de Jesus foi administrado por Satanás em três áreas (Mt 4.1-11). Vale a pena se questionar: “Se Satanás quisesse me destruir ou ao meu ministério, quais estratégias ele usaria?” Refletir sobre isso pode nos ajudar a levantar uma defesa ou planejar um “contra-ataque”, no caso de um ataque surgir.
Muitas vezes a prova vem num período de seca, num deserto, ou mudando a metáfora, na época de “inverno”. Nas regiões de muito frio, como no norte dos EUA, o inverno chega com neve, gelo e frio. As árvores perdem suas folhas, ficam sem formosura, parecem esqueletos mortos. Mas essa época é exatamente a mais importante para o futuro da árvore, pois é nesse período que suas raízes crescem. Se você estiver passando por um inverno, que Deus lhe dê graça para perceber a bênção Dele e você possa abraçar os Seus propósitos.
Jesus também experimentou a convicção do Seu chamado no início de seu ministério. “O Espirito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para…” (Lc 4.18, 19). Esta convicção permitiu que ele soubesse dizer “sim” à voz do Pai e “não” às outras vozes (Mc 1.35-38). Quem não sabe qual é seu chamado, a área na qual deve se dedicar, é sempre jogado de um lado para outro pelas vozes ao seu redor, pois não tem alicerces firmes.
Um último alicerce surge no início do ministério de Jesus quando ele escolhe sua equipe (Mt 4.18-22; veja Jo 1.29-51). Jesus investiu um ano e meio na seleção dos Doze antes de separá-los; depois teve um círculo maior de 70 parceiros. Se você está iniciando uma nova fase de ministério, neste próximo período (de alguns anos?) você precisa investir pesado para levantar a equipe de parceiros que será o alicerce para o resto de seu ministério. Este período pode ser de grande alegria se você experimentar uma boa amizade no processo de desenvolver um relacionamento especial de uma equipe de ministério.
Encorajo-o a meditar nas passagens citadas, pedindo a Deus um novo derramar de Seu Espírito e abraçando os outros alicerces como fundamentos para o seu ministério. Que você possa ser “como o homem prudente que construiu a sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela não caiu, porque tinha seus alicerces na rocha.”

Reflexão para sua equipe:
1. Qual dos alicerces mais preciso focalizar individualmente? E de forma coletiva?
2. Como posso ir atrás de uma nova unção ou derramar do Espírito?
3. Como posso firmar minha identidade como filho de Deus? Quais áreas ainda precisam mudar?
4. Qual foi a essência de cada um dos três testes de Jesus? Se Satanás quisesse acabar comigo, quais testes ou tentações administraria?
5. Qual minha declaração de chamado?
6. Como posso priorizar a escolha ou formação de minha equipe?

Fonte: http://www.mapi-sepal.org.br/

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