Conflitos de interesses

Autor: Jackson Santos, pr
” Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade vos libertará.”

É impressionante ver como o mundo se posicionou contra a guerra que os EUA iniciou contra o Iraque. Por toda parte estamos vendo diversas manifestações de vários seguimentos em vários níveis prorrompendo os velhos slogans já fartamente utilizados por todas as classes sociais, como se todos estivessem mesmo unidos num pensamento, num só propósito, num só ideal, numa só fé; Paz. Guerra não. Queremos Paz.

Olhando para o ponto de vista do mundo como um todo temos que admitir que é compatível com ele, as guerras, intrigas, e proliferação da corrupção e do mal em geral. E tudo isso porque o mundo caminha a passos largos para a auto-destruição.

Um mundo que mudou criteriosamente os valores morais e espirituais. Um mundo onde os menos favorecidos não têm a oportunidade de desfrutar do luxo e conforto que a classe dominante se beneficia em detrimento do sofrimento alheio. Contemplando o panorama não podemos fugir da triste realidade instalada no seio da humanidade. O contínuo afastamento da presença do Grande e Eterno Criador dos Céus e de toda a Terra.

É evidente que esse afastamento gera toda a sorte de crise moral e espiritual. As evidências atuais são bem claras e reveladoras. Os atuais governantes mundiais continuam em crise e as manifestações ruidosas que produzem giram em torno de interesses governamentais e pessoais.

Não se pode isentar esse ou aquele líder. Não se pode culpar ou condenar um ou outro. Todos aqueles que viraram as costas para a sábia orientação do Deus Eterno, são passíveis de receber a justa punição pela escolha deliberada e obstinada dos seus caminhos tortuosos que solapam as etnias, especialmente as minoritárias.

Em sã consciência nenhum ser humano pode admitir que uma guerra seria justa para se resolver quaisquer problemas. A dor, o sofrimento, a tristeza, as perdas, a própria morte são sinais claros que esse dispositivo usado durante séculos não são estímulos para se utilizar dele como meio de se obter os resultados esperados, contudo, estas são únicas armas disponíveis de convencimento e subjugação de uma nação para a outra e avaliadas por elas como único recurso para a solução de problemas.

Os meios éticos e legais não são apreciados por nenhuma das partes pois os interesses prevalecem acima da razão. Esgotados os recursos diplomáticos debatidos nas mesas de negociação, o que sobra é o início de uma grande e descabida escalada de impropérios contra os princípios morais e éticos de povos que se auto-denominam civilizados, desenvolvidos e globalizados.

Enquanto o presd. Bush virou as suas baterias de guerra contra a força dominante e ditatorial do presd. Sadamm, as diversas camadas da sociedade voltaram as suas baterias de revolta e repulsa contra o governante da nação americana que vem século após século distanciando-se daquele que um dia foi deles mesmos o Verdadeiro Chefe, aquele que peleja nas batalhas em prol dos seus fiéis seguidores.

As verdadeiras intenções dessa guerra atual estão implícitas, por mais que se opinem sobre os reais motivos, sejam eles quais forem, jamais serão revelados publicamente numa tentativa de se evitar um caos maior. Enquanto a população grita numa manifestação de repúdio aos efeitos danosos, brutais e violentos que as guerras promovem, os grupos interesseiros na utilização desses últimos recursos se banqueteiam na esperança de tirarem total proveito do sofrimento e horror das vítimas dos holocaustos. Os outros que se opõem como promotores da paz, esquecem os seus momentos anteriores de promotores do medo, do terror e da guerra, e recrutam voluntários para que saiam por aí em passeatas e manifestações a favor dessa mesma paz que um dia eles mesmo quebraram por interesses próprios e o farão no futuro, sem medo, sem preconceito e quebrando todos os protocolos e tratados que porventura um dia assinaram diante de testemunhas ao redor do mundo.

Os genuinamente cristãos, os que experimentaram o novo nascimento em Jesus Cristo, esses sim, têm uma grande responsabilidade diante de Deus aqui neste mundo. Têm um compromisso de promover a Verdadeira Paz em toda parte, e, até aos confins da terra.

O real posicionamento desses Cristãos, não é segurando uma bandeira branca e envolvidos em ruidosas manifestações que mais levam angústia e medo e muitas vezes depredações e mais violência e mais guerra, e sim, de joelhos, clamando ao Deus eterno por sua misericórdia sobre as nações, os governantes e a todos os que estão investidos de autoridade.

O clamor que deve ser ouvido no mundo não é o de Paz. Paz. Paz, por parte dos genuínos cristãos, pois são clamores elevados ao sabor do vento que não produzem a esperada repercussão nos ouvidos dos promotores do ódio, do mal, da guerra.

Um pouco mais de reflexão sobre os ensinos de Jesus traz à tona a grande facilidade que muitos têm em pronunciar com os lábios o nome de Jesus e os seus ensinamentos. Mas, não podemos nos esquecer o que ele mesmo nos diz; ” Esse povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.” É um risco muito grande acompanhar a massa ensandecida em busca de algo para suprimento das suas carências espirituais usando slogans, refrões e orações como catapulta para se obter benefícios pessoais ou coletivos.

A grande multidão descontrolada que gritava: ” Barrabás! Queremos Barrabás! “, não sabia o que dizia, não refletia nessas suas palavras de ordem.

Acompanhar a multidão é um grande perigo. É sempre bom estabelecer critérios para se posicionar ao lado de temas considerados complexos e polêmicos ao invés de simplesmente acompanhar a tendência das massas.

Lembremo-nos das palavras do Paulo, apóstolo, em Ef. 6.12 NVI. ” pois a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os poderes dominadores de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.”

Vivamos aqui neste mundo de guerras de tal maneira que os governantes e os subordinados percebam que há uma verdadeira paz que eles não conhecem, promotora da verdadeira vida, uma vida abundante aqui e eterna nos céus com o príncipe da paz:JESUS.

miapibr@bol.com.b*

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