Autor: José Kleber Fernandes Calixto
“Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei”. Ezequiel 22.30:
A história está cheia de relatos de indivíduos únicos que mudaram uma situação. Pensemos nas batalhas militares que giraram em torno de um único herói. Pensemos nos artistas e na contribuição de suas vidas individuais, desde Michelangelo a da Vince, de Brahms a Beethoven. Pensemos nos cientistas, inventores, exploradores, especialistas em tecnologias que mudaram literalmente o curso da história. Pensemos nos corajosos pregadores da Palavra de Deus que no decorrer dos séculos se mantiveram sozinhos na brecha e fizeram uma diferença. A igreja deve muito a homens como agostinho, Tydale, Bunyan, Lutero, Calvino, Whitefield, Wesley, Edwards, Spurgeon, Moody e Billy Graham, para nomear apenas alguns. A história sempre foi feita por indivíduos que não subestimaram o valor de sua atitude.
Uma pessoa pode fazer muita diferença em sua geração. Com um simples voto, pessoas mudaram o curso e destino milhões de pessoas na história. Em 1649, um voto causou a execução do rei da Inglaterra, Charles I; em 1776, um voto estabeleceu a língua inglesa como idioma oficial dos EUA em vez da alemã; 1868, um voto salvou o presidente Andrew Johnson de um impeachment; em 1875, um voto mudou a Franca de monarquia em república; em 1923, um voto deu a Adolph Hitler o controle do partido nazista.
E quando nós lemos a Palavra de Deus, não encontramos relatos de grandes cruzadas ou ajuntamentos através dos quais Deus tenha feito grandes transformações na história. Em geral, encontramos homens e mulheres que, individualmente, mudaram uma situação, que determinaram significantes alterações em sua época.
De gênesis a Apocalipse, vemos a mão de Deus na vida das pessoas que pensaram, disseram e fizeram o que era certo, mesmo sozinhos e apesar de tudo; e como resultado, a história se fez. Na história, Deus não procura as massas, as grandes concentrações, as instituições, as nações, exércitos, para usá-los, Deus procura indivíduos. Em Jeremias 5.1 lemos: “Dai voltas às ruas de Jerusalém; vede agora, procurai saber, buscai pelas suas praças a ver se achais alguém, se há um homem que pratique a justiça ou busque a verdade; e eu lhe perdoarei a ela”; e ainda Ezequiel 22.30: “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei”.
Em cada geração, Deus está à procura de um homem ou uma mulher para transformar a história. Infelizmente, nós crentes de nossa geração, perdemos a visão dessa grandiosa verdade da Bíblia. Somos uma geração que foi moldada para pensar em serie, a ser assimilado pelo todo, a repetir a idéia da maioria. Pobre geração “Maria-vai-com-as-outras”. Sinto falta de biografias como a de Éster que foi onde ninguém ousava ir, para obedecer a Deus, dizendo “se perecer, pereci”. Sinto falta de homens como Daniel, que andou no contra-fluxo da vontade humana, para dizer aquela geração “não há Deus como o Senhor”. Sinto falta de homens como Sadraque, Mesaque, Abede-Nego cujo coração era totalmente do Senhor, numa época em que todos se curvavam às ordens despóticas de um que teimava em ser maior do que Deus. sinto falta da história desses indivíduos nos nossos dias, os quais acreditaram que uma pessoa pode fazer diferença em sua geração.
A pergunta é: que tipo de crente você tem sido? Você tem estado disposto a pensar, dizer e fazer o que é certo, haja o que houver? Ou é apenas mais um na multidão fugindo dos olhos do Senhor que está a procura “por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele…” (2 C 16. 9).
Que Deus nos abençoe!
Igreja Presbiteriana de Coromandel – Minas Gerais – Brasil
Fonte: Pão Quente
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