Autor: Jonathan Menezes
O mundo no qual vivemos e todas as suas atribuições como “mundo de Deus”, não é semelhante a um véu, que encobre a grandeza, poder e majestade daquele que o criou; isto porque “os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos” (Salmo 19:1). A palavra “firmamento”, aqui significa “expansão” ou “difusão”, e quer dizer que as obras e a glória de Deus não se restringem apenas aos céus, mas se propagam por toda a terra, ao passo que podemos apontar para os feitos Dele e, não obstante a qualquer palavra contrária, afirmar sua bondade e perfeição, pois neles habitam a essência daquilo que chamamos de “presença Divina”.
Contudo, já há muito tempo boa parte da humanidade tem ignorado esta realidade, deixando de agradecer e servir ao Criador como Ele merece. Exemplo: a ciência, que esteve a “frente do palco” do século XIX ( o “século do progresso”), bem como os cientistas da mesma época – ícones da genialidade e também da arrogância humana – esmeraram-se em provar científicamente que a existência do Deus Criador dos céus e da terra era uma farsa, elaborando teorias que supostamente atestariam isto e, por fim, explicariam a origem do mundo.
Resultado: com as catástrofes da época posterior (século XX), a ciência foi destronada como “mãe do progresso”, e alegações como a de Laplace: “não tenho necessidade dessa hipótese (de Deus)”, perderam o valor quase celeste que possuíam, dada a impossibilidade da própria ciência de desvendar certos “fenômenos”.
Assim, de acordo com o teólogo Bruce Milne, a perspectiva cristã tanto no empreendimento científico, como em outros empreendimentos humanos, está em descobrir Deus não somente nas “brechas”, deixadas pelo pensamento humano, mas ao ver “tudo” como Sua criação e dom, e em contemplar, através das minúcias desta criação, seu poder e maravilhas. Aqueles que conhecem a Deus e não o glorificam como tal, são indesculpáveis (Rom.1:19). Neste sentido, o conhecimento pode ser tanto um princípio de salvação como de condenação do homem, pois conhecer a Deus implica em fazer a Sua vontade.
Deus é Criador, Senhor e redentor do universo; jamais deixará de ser. Nossa atitude, portanto, deve ser de nos reconhecer como criaturas remidas e de contemplar a ação de Deus na criação, seja por meio de atributos visíveis ou “invisíveis”, com toda reverência a Ele devida, pois “por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e suas palavras, até os confins do mundo” (Salmo 19:4).
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