Autor: Rev. Naamã Mendes
A TV Cultura dispensou a apresentadora Soninha porque ela disse que fumava maconha. Para a imprensa, de modo geral, a atitude da empresa foi autoritária, preconceituosa e hipócrita. A apresentadora, então, transformou-se em vítima e muitos se posicionaram a seu favor. Por conta desse episódio, voltou para mídia a discussão sobre a permissão legal do uso da maconha. Evidentemente que não se combate o vício somente com a proibição do seu uso, mas também com a prevenção, o diálogo e a conscientização dos pais, professores, religiosos, profissionais de saúde e, principalmente, dos próprios jovens.
São exatamente as pessoas que convivem e atuam com a juventude, uma grande parte delas, com experiência em dependência química, que têm condição de tratar da questão e das conseqüências ético-sociais de declarações irresponsáveis como a dessa apresentadora.
Todos nós sabemos que a maconha traz prejuízos e conseqüências terríveis para vida do usuário, na maioria das vezes irreparáveis. As pessoas que utilizam a maconha sentem-se abobalhadas, desligadas, relaxadas, falantes, confusas, deprimidas e ansiosas. Entre os efeitos químicos do uso da maconha, está o aumento do ritmo cardíaco, olhos avermelhados, prejuízos pulmonares, perda de concentração e comprometimento da coordenação motora necessária para diversos tipos de atividades físicas, como, por exemplo dirigir um veículo, monitorar um aparelho, etc. O uso contínuo da maconha interfere na estrutura cognitiva do usuário, tornando-o incapaz de aprender e memorizar conteúdos, além disso, seu comportamento pode tornar-se passivo, omisso ou violento e agressivo. O uso contumaz da maconha também interfere nas atividades cerebrais mais importantes da vida, causando oscilação de ânimo, diminuindo a motivação e impedindo a tomada de decisões, podendo ainda diminuir a fertilidade. As conseqüências sociais também são gravíssimas. Os jovens usuários, em sua maioria, interrompem sua vida escolar, perdem o interesse pelas questões sociais, tornam-se manipulados pelos traficantes e espertalhões, evitam o ambiente familiar e tornam-se improdutivos, abrindo as portas para a entrada de outras drogas. Por causa da dependência química, ainda podem tornar-se mentirosos, praticantes de pequenos furtos e até de atos mais violentos.
As vítimas da maconha são os milhares de jovens e famílias de jovens que, infelizmente, adoeceram, ao se envolverem com esse tóxico. A Soninha, talvez por ser usuária, perdeu a percepção da sua importância no processo de promover a cura e restaurar os sonhos milhões de jovens e familiares que desejam apenas ver os filhos curados e vivendo em paz. A posição e o poder que ela ocupava na televisão não lhe dava o direito de deseducar, estimular a dependência e, como conseqüência, motivar pessoas a se tornarem adoecidas.
As pessoas que ocupam posição de educadores, no caso, ela recebia salário de uma televisão EDUCATIVA, devem trabalhar para desautorizar nas suas falas, mas principalmente no exemplo, tudo que é negativo a qualquer outro ser humano.
A Bíblia ensina “não se cansem de fazer o bem”(Gal.6:9). A Soninha, talvez não tivesse essa intenção, mas não fez bem a ninguém. A Bíblia diz: “Você mesmo deve ser, em tudo, um exemplo de boa conduta. Seja sincero e sério quando estiver ensinando”(Tito 2:7), a Soninha é uma pessoa pública, exerce fascínio sobre milhões de jovens e seu exemplo deveria ser positivo. Ela deveria dizer: Eu já fumei maconha, mas já fui liberta, como dizem milhões de jovens que conheceram a Jesus e convivem nas igrejas cristãs desse país.
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