A fome com a vontade de comer

Autor: Waterson José Ferreira

Só existe uma coisa que me dá mais alegria do que estar em uma livraria cristã vendo bons livros, é ver as pessoas felizes. No domingo passado, no culto da noite, depois de algum tempo sem observar sorrisos em alguns rostos, graças a Deus, pude ver alguns irmãos tão queridos sorrindo. Após o culto, saí daqui tão radiante que pensei: “Este é um dos momentos que poderia ficar eternizado em minha mente”.
Não sei quanto a você, mas creio que todo culto deveria ser, pelo menos, da maneira como foi o culto de domingo à noite. A igreja participando com alegria, solta, sem preconceito, sem medo de louvar a Deus, interagindo no momento da mensagem. A Palavra de Deus nos diz com toda sabedoria que vem do céu: “Onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”. A liberdade do Espírito é uma liberdade espiritual que transforma, motiva, alegra, traz vida. Não estou
afirmando que nos outros cultos o Espírito Santo não esteve presente, mas estou dizendo que, em cultos como o de domingo passado, há algo especial de Deus. E isso independe da liturgia, independe se o cântico é moderno ou antigo, independe se é o pastor da igreja ou um pastor convidado que está pregando. É um culto onde tudo depende do Espírito Santo, mesmo que haja uma liturgia já preparada. O que torna um culto como este algo maravilhoso, cheio da presença do Espírito de Deus, é a fome e a sede de cada coração para com aquilo que Deus nos oferece.
Costumo dizer que Deus sempre nos prepara grandes banquetes, mas, às vezes, preferimos ficar com o nosso “miojo” a comer do banquete de Deus. Você até pode vir ao Templo triste, cabisbaixo, cheio de problemas, desanimado, mas se vem para louvar a Deus e adora-lo do todo o seu coração, entregando tudo no altar de Deus pela fé, com certeza você não sairá o mesmo, pois será fortalecido em sua fé, mesmo que as circunstâncias ao sair daqui ainda permaneçam as mesmas, algo precioso e maravilhoso aconteceu dentro de você.
Sei também que, talvez, para muitos, o culto de domingo foi apenas mais um culto. Não viram nada de diferente, até mesmo acharam que foi um culto sem vigor, faltou músicas mais modernas, a liturgia foi medíocre e a pregação fraca. Entendo que é a nossa fome que determina a maneira como recebemos cada refeição. Lembro-me que não gostava de cebola, mas um dia trabalhei até tarde e fui almoçar num horário que não estava acostumado, quando cheguei em casa, minha mãe havia feito bife acebolado. Naquele momento a fome era tanta que, para mim, a cebola passou a ser uma extensão do bife e, que delícia! Quando temos fome de Deus, não ficamos escolhendo e colocando à beira do prato, “isso eu gosto, isso eu não gosto”, nós simplesmente saboreamos o que tiver no prato. Desde que seja um maná vindo do céu, comemos com alegria, pois há alimento que parece muito saudável, mas devemos verificar qual a origem dele. Prefiro comer aquele maná repetitivo que conheço, do que experimentar uma comida nova, cuja procedência não pareça ser muito confiável.
Bendito é o maná que vem do Senhor! Envia-nos mais dele, Senhor! Como precisamos e como nos faz bem a comida que vem de Deus. Podem ser apenas pães e peixes, mas quando vem de Deus, sacia a nossa fome.
Meu irmão e irmã: venha ao Culto com desejo profundo de conhecer mais a Jesus. Venha ao Culto com um único objetivo, louvar e adorar ao Senhor. Mesmo que as coisas não estejam bem para você, ainda assim, venha para o Culto cheio de esperança e fé. Cremos no Deus do impossível, Ele ainda faz coisas grandiosas na vida daqueles que crêem e buscam.
Que Deus os abençoe! A Ele toda a glória!

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