Autor: Antonio C. Bernardo
A tentação tem como propósito levar-nos a perder a inocência. Antes de conhecer a tentação a vida era mais fácil ou menos complicada. Eva, no período que não conhecia a tentação, vagava solicita e alegremente pelo Jardim do Edem. Certamente vivia despreocupada porque não conhecia ainda o fascínio da tentação. Todavia, um dia a tentação esperava por ela. Tranquila, impassíva, como quem não quer nada, foi logo oferecendo o fruto proíbido. A história não precisa ser recontada. Todos sabemos e sofremos com seu desfecho final.
Na minha e na sua vida não é diferente. Você não teme a tentação que não tem. Você não se apavorava por algo que não lhe oferecido. Vive tranquila até que um dia a tentação aparece na sua porta. Ela vem sossegada, como quem não quer nada, mas com um jeito todo especial vai se insinuando, vai mostrando charme e sensualidade como que dançando na sua frente e convidando você para dançar. No começo, a cada oferecimento, você fica irada e diz para a tentação: “Quem você pensa que eu sou?” “Exigo respeito!”. Mas a tentação é abusada, ela não se ofende, não fica magoada, não se zanga. Ela, especialmente, não desiste.
Um outro dia, uma outra hora, um outro momento, quando você pensou que estava livre, ela aparece. Sempre aparece e cada vez que aparece vem com uma nova roupa, uma nova atração, uma proposta que faz os ouvidos da gente gemer de prazer somente em antecipar como seria fazer ou pegar o que a tentação sugere. Nossa mente e nossa imaginação voam em direção a uma imagem que formamos no cérebro. A tentação sorri internamente. Está começando a ganhar a batalha.
Um dia alguém tem que vencer essa guerra. Ou vence a tentação ou vence você. Se a tentação vencer, você terá prazeres. Sentirá o gosto da fruta nos seus lábios, o sabor adocicado daquele momento que parece ser divino. Todavia, a promessa da tentação ou melhor, a mentira que se você cedesse a sua vida ficaria mais emocionante ou alegre vai desaparecer. Aquele fruto acaba, o gosto na boca desaparece e agora vão ficar as marcas da derrota em suas mãos. Sua vida se transformará num tormento, tentará culpar outros pelo seu fracasso, lutará contra Deus por ter deixado você experimentar o fruto. Mas nada dessas coisas adiantará. Agora, você tem as consequências pela frente e elas são avassaladoras. São terríveis. Eva poderia nos contar o que sentiu quando foi descoberta, quando teve que envolver seu marido, quando finalmente foi expulsa do seu lar e do seu Jardim, deixando tudo para trás. A tentação, não se engane, quer matar você.
Se você vencer e você pode vencer assim como venceu Jesus Cristo na sua tentação. Ele olhou para a serpente e não permitiu que seus oferecimentos, que a propósito eram todos extraordinários, se aninhassem em seus pensamentos. Ele ocupou cada pedaço da sua mente com as instruções da Palavra de Deus. Assim, a Palavra de Deus batia de frente com a palavra do tentador. Um luta intensa, coisa grande mesmo, mas venceu. Se ele venceu, foi para mostrar que a tentação é covarde e aparenta ser o que não é: dona de sua vida. Ele venceu para dar a você e a mim a esperança e a certeza de que com ele nós também venceremos.
Como será com você? Experimentará por alguns instantes o gosto doce do fruto que lhe oferecem por alguns momentos ou saboreará a grande vitória que lhe oferece o Filho de Deus, que suportou todas as aflições para que você não precisasse mais estar sujeita aos oferecimentos do tentador? Espero e oro para você fique com a vitória do Cordeiro. Graça e paz ao seu coração.
.
Faça um comentário