Autor: Ingrid Fernandes
Apocalipse 1:17-19
Quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último, e o que vivo; fui morto, mas eis aqui estou vivo pelos séculos dos séculos; e tenho as chaves da morte e do hades. Escreve, pois, as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de suceder.
Quando lembro-me das visões que João teve na ilha de Patmos, ver Deus, vislumbrar o amado de minha´lma… estar diante do meu amado, anelado de minha existência… Que experiência fascinante, como nenhuma outra… Então passo a questionar… Porque João? Porque em Patmos? A ilha de Patmos era uma prisão e nada havia naquela ilha, até mesmo alimentação para seus presos era deixada lá de tempos em tempos por uma embarcação, viviam ali sem comunicação com o mundo externo, sem proteção, sem alimentação suficiente… Penso na idade avançada de João deixado a mêrce da sorte e das próprias convicções naquela ilhota… Se fosse nos dias atuais certamente os direitos humanos e a ONU impediriam tal desumanidade… Mas aquEle que está acima de tudo que há e detêm todo o poder, Senhor de João, Seu advogado, aquEle que deu a própria vida por amor e para salvação de João, agora recusava-se tirá-lo dali…
Quando falamos de João imediatamente remetemos a mente, “o apostólo do amor”… Mas esquadrinhando os evangelhos, penso que esse termo é inapropriado para referir-se a quem de fato foi o apostólo João… Para que tu me entendas, vamos consultar a Biblía por um instante… 1Corintios 13, nos dá a definição de amor.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal;não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Perfeita definição de amor… Mas João… se encaixa nessa definição?
Vamos ver… Marcos 9:38 (Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que em teu nome expulsava demônios, e nós lho proibimos, porque não nos seguia). Essa passagem fala da dura repreensão de João e demais discipulos a um homem que em nome de Jesus fazia proezas, mas há um detalhe esquecido nesse versiculo, João o proibiu, e pela entonação do discipulo percebe-se uma denotação de ira, de repúdio, de descontentamento… porque ele não os seguia, não era dos seus. João agiu com evidente partidarismo, com ira, buscando seus próprios interesses, ao que notamos uma contradiçao com o titulo que recebe: “apostolo do amor”… afinal o amor… não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal. Por esse motivo Jesus o repreendeu: Jesus, porém, respondeu: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo depois falar mal de mim;po! is quem não é contra nós, é por nós.
Marcos 10:35-37 Nisso aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: Mestre, queremos que nos faças o que te pedirmos. Ele, pois, lhes perguntou: Que quereis que eu vos faça? Responderam-lhe: Concede-nos que na tua glória nos sentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda. Primeiro observe a petulância que ele ousa usar para fazer tal petição a Jesus, note ainda que tal petição deslumbra um João egoista, porque ignora os demais, prepotente e arrogante, ambicioso e uma característica extremamente delicada para um servo de Deus, auto-exaltação… Definitivamente isso não se aplica ao amor… o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses.
Lucas 9:51-54 Ora, quando se completavam os dias para a sua assunção, manifestou o firme propósito de ir a Jerusalém. Enviou, pois, mensageiros adiante de si. Indo eles, entraram numa aldeia de samaritanos para lhe prepararem pousada. Mas não o receberam, porque viajava em direção a Jerusalém. Vendo isto os discípulos Tiago e João, disseram: Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir [como Elias também fez?] Mais uma bola fora de João… Jesus o repreendeu imediatamente, afinal João portava-se como alguém que não conhecia ao Cristo, nem de que espirito era… A ira estava absolutamente transparente em suas palavras, babulciava indignação, impaciência, justiça própria e vomitava desejo de vingança… Mais uma vez João distanciava enormemente do que é de fato o amor, não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;tudo sofre, tudo crê, tudo espera.!
Definitivamente, João e amor são duas palavras muito distintas entre si. Mas o que fez esse apostólo carregar esse titulo? Patmos! Patmos foi o que transformou esse João, naquele que diria… Apocalipse 1:9 Eu, João, irmão vosso e companheiro convosco na aflição, no reino, e na perseverança em Jesus, estava na ilha chamada Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Que coisa linda! Preste atenção a entonação das suas palavras quase posso ouvi-lo, destilando humildade… Ele precisou beber do cálice de Cristo, experimentar a adversidade para ser moldado pelas mãos de Papai. Imagino João na ilha de Patmos debaixo de todo aquele jugo e sofrimento, abatido, porém recordando as palvras do Mestre: Mateus 5:10-11 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguiram e, mentindo, disserem tod! o mal contra vós por minha causa. Ele devia repetir isso muitas vezes ao dia a si mesmo… fortalecendo-se… devia repetir: Eu sou um bem-aventurado! Sinto dores, mas é meu o reino dos céus, que o meu Pai me prometeu. Toda a perseguição dessa vida não pode se comparar com o abraço acalorado que vou receber quando chegar em casa, nos braços de meu Senhor… Devia lembrar-se também de quando estavam diante do Sinédrio, ele e os demais apostólos, Atos 5:41 Retiraram-se pois da presença do sinédrio, regozijando-se de terem sido julgados dignos de sofrer afronta pelo nome de Jesus. João devia remeter aquela lembrança a mente sempre, se fortalecendo… Ele era um bem-aventurado! Ele, João, digno de sofrer afronta pelo nome de seu Senhor! Que honra… Engraçado, nos ao contrário não nos sentimos nada, nada, felizes quando padecemos pelo nome de Jesus… Mas a verdade é que se quizermos conhecer a Cristo, ter revelações da Sua glória, comtemplar a Sua glór! ia e grandeza… Teremos que como João estar dispostos a sermos lançad os em Patmos, lugar de desolação, de abandono, de dor, de perseguição, de açoites, mas sobretudo, lugar de intimidade com Cristo! João aprendeu a regozijar-se na Cruz, a ainda que odiado pelo mundo por não pertencer a ele, a receber ali em Patmos o amor e o cuidado de Deus. Como maria (João 11), João chamou Jesus para ficar com ele no momento de dor e agonia, ele chamou Jesus para ver seu sofrimento, e para chorar com ele, Jesus foi e chorou com maria, Jesus chorou com João, e Jesus quer chorar com você em Patmos, convide-o. E aprenda em Patmos o que João aprendeu: O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal;não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade;tudo sofre, tudo crê, tudo espe! ra, tudo suporta.
Romanos 8:17 e, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecem os, para que também com ele sejamos glorificados. Padecer com Ele, é parte de nossa herança, afim de que também com Ele sejamos glorificados. Nos vales Deus revela mistérios, Deus revela a Sua face.
Há uma declaração que amo muito, em Filemon 1:1 Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, e o irmão Timóteo, ao amado Filemom, nosso companheiro de trabalho. Ele refere-se a si mesmo como, prisioneiro de Cristo. Que coisa tremenda é ter a graça de Cristo como amarras,
estar presa ao Seu amor… Todos nós em verdade estamos presos! Sim, isso é verdade… Hebreus 11:24-25 Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado. Há sempre uma escolha a fazer, ou somos escravos do pecado, ou prisioneiros de Cristo. Não existe meio termo! Moíses escolheu padecer ao lado do povo de Deus, escolheu estar entrlaçado ao amor de seu Senhor. Eu escolho os grilhões daquEle que me salvou e me outorgou vida. E VOCÊ, QUAL É A SUA ESCOLHA?
Jesus é a melhor escolha!
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