Autor: Marly Moschkowich
Gênesis 4:3-7 “Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o SENHOR de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou. Irou-se, pois, sobremaneira, Caim, e descaiu-lhe o semblante. Então, lhe disse o SENHOR: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo”.
Vamos refletir um pouco hoje a respeito desse tema, correção e reação.
A Bíblia é objetiva em definir a correção, quando em Hebreus 12 ela diz, que no momento da disciplina “parece ser ela, motivo de tristeza e não de alegria”.
Certamente, ao perguntar em um grupo quantos gostam de ser corrigidos, creio que o máximo que poderíamos encontrar seriam alguns poucos lúcidos, que diriam gostar pelo que a correção viria a produzir neles. Corretíssimo pensarmos desta forma. Porém, gostar mesmo da correção, acho que é quase impossível.
Quem ao ter um pensamento, um valor ou um objetivo estabelecido, gosta de receber uma palavra que vá de encontro a tudo isso? Quem gosta de fazer algo achando que é bom, e receber uma palavra de correção sobre o que fez ou a maneira como fez?
A natureza humana não gosta de críticas, gosta de elogios.
No entanto, desta conclusão, surge uma lembrança bíblica: “Fazei, pois morrer a vossa natureza terrena.”…“Despojai-vos igualmente de tudo isso”; assim vemos em Colossenses 3, ou seja, na Palavra de Deus.
Não devemos acalentar a carne, a natureza humana, mas fazê-la morrer. Por isso, ao mesmo tempo em que a correção é efeito de tristeza a princípio, pois vem contra nossa própria vontade, é também por fim motivo de alegria, pois nos exercita na justiça, nos levando a mortificar a natureza que nos afasta de Deus. O texto de Gênesis, acima, fala de uma situação em que Caim e Abel trazem ofertas ao Senhor, no entanto a de Caim não agrada a Deus, pois o Senhor vê o coração dele, e sabe que ele reteve o melhor para si; Caim fica irado, pois se sente injustiçado e ofendido com a recusa do Senhor. A resposta de Deus é brilhante e clara, veja:
“Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante? Se procederes bem, não é certo que serás aceito”?
Não podemos ficar irados, se nos encontrarmos em condição de erro e somos corrigidos; acaso não teríamos aceitação e aprovação, se procedêssemos bem? A correção não vem para nos destruir ou aborrecer, mas para nos mostrar onde erramos, e nos dar a chance de acertar. Deus ainda segue dizendo: “Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo”.
Quando somos corrigidos, precisamos ser convictos e firmes para não ceder aos apelos do pecado, de Satanás, que fará de tudo para que resistamos a correção; temos que ter em mente que o desejo pecaminoso de ira e rebelião será contra nós mesmos, por isso precisamos domina-lo, para que a justiça de Deus nos alcance e nos aperfeiçoe um pouco mais.
Por isso, diante de uma exortação ou de uma correção, nossas reações precisam ser de submissão e discernimento, para ouvirmos e entendermos o que Deus quer nos falar, e de humildade, para considerarmos que podemos errar, até e para que toda natureza humana seja dominada pelo fluir do Espírito Santo em nós.
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