Autor: Juarez Marcondes Filho
A ficção nos faz apreciar as missões impossíveis. Podemos ficar horas detidos diante de uma tela imaginando realidades que dificilmente podem acontecer. São sonhos e fantasias que se materializam diante das câmeras, mas efetivamente não podem ser verdadeiros. Tão acostumados com estas trucagens, milhões de pessoas custaram a acreditar nas imagens do ataque terrorista ao World Trade Center. Infelizmente, neste caso, não era ficção. Da mesma forma, são assustadoramente verdadeiras as imagens dos bombardeios ao Afeganistão, a qualquer hora do dia ou da noite.
A discussão entre ficção e realidade se desloca do campo da mídia e da guerra para o palco das coisas espirituais. A Palavra de Deus fala de uma guerra espiritual (Efésios 6.10-20). A terminologia é simbólica, mas nem por isso deixa de ser verdadeira. “A nossa luta não é contra sangue e carne e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (v. 12). Estejamos certificados de que o palco das nossas batalhas, desde as mais simples, tem origem espiritual.
Não afirmamos isto com a pretensão do sensacionalismo barato e que tem levado muitos a identificarem certas passagens bíblicas com os últimos acontecimentos. Na verdade, a Palavra de Deus tem se mantido extremamente atualizada, não dependendo de tragédias mundiais para tornar-se relevante. De fato, o que desejamos salientar é a necessidade da percepção espiritual em nossa vida. Se estamos em Cristo, somos novas criaturas (II Coríntios 5.17), o Espírito Santo habita em nós e dirige os nossos passos (Efésios 1.13) e encontramo-nos revestidos da armadura de Deus (Efésios 6.13-18). De fato, o diabo anda em derredor (I Pedro 5.8), mas, em Cristo, nós já o temos vencido (I João 2.13, 14).
É preciso que esta vitória se consolide em todos os corações. É neste ponto que se torna efetiva a missão da Igreja, numa tarefa possível. O cenário que Jesus estabeleceu para a sua volta ganha sentido e vigor na proclamação universal do Evangelho do Reino (Mateus 24.14). A missão da Igreja não é a identificação de sinais que estabeleçam o dia e a hora (Mateus 24.36; Atos 1.7), mas a pregação do Evangelho.
Como Igreja do Senhor Jesus não podemos perder o foco, distraídos com apocalipticismos. Ao contrário, devemos nos concentrar em nossa missão evangelizadora. Aliás, nunca o terreno foi tão propício para o anúncio de boas-novas. O mundo está cansado de más nótícias.
Devemos orar pela paz mundial, rogando em favor do cessar-fogo no Oriente Médio, suplicando pelo fim do terrorismo, implorando pelo fim dos bombardeios no Afeganistão; somente o poder de Deus pode mover as lideranças mundiais nesta direção; para nós, seria uma tarefa impossível.
A nós nos cabe porfiarmos pelo Reino de Deus, anunciando a toda a criatura o maravilhoso amor de Deus, suficiente para nos perdoar os pecados e nos conceder a salvação eternal. Vamos crer e assumir com determinação a nossa tarefa possível.
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