Autor: Autor Desconhecido
Conforme dito acima, o Metodismo surgiu por meio de um ministro da Igreja Anglicana chamado John Wesley, na Inglaterra, na ocasião da Revolução Industrial (tempo de grandes transformações sociais), no século XVIII (Século das Luzes).
O Metodismo já em seus primórdios preocupou-se com as necessidades dos pobres e marginalizados (prática diaconal). No decorrer dos anos do século XVIII e após este foram surgindo escolas, centros de ajuda social (orfanatos e asilos), trabalho de assistência às prisões e aos famintos, ajuda material e médica aos moribundos. Estas atividades foram se expandindo juntamente com a Pregação do Evangelho. Com respeito a estas afirmações, o Bispo Irineu da Silva Cunha, da Igreja Metodista Portuguesa diz o seguinte:
“Não nos consideramos melhores nem piores do que outros. Duma coisa temos consciência: é de que temos uma maravilhosa herança espiritual e um grande patrimônio doutrinal, que nos dão um lugar de grande relevo no leque das confissões cristãs, marcando-nos com uma identidade muito própria, com forte sentido de comunhão e testemunho”.
A opção de pensar ser uma Comunidade Missionária a serviço do Povo tem na Herança Metodista a sua vocação, sua diretriz. Claro que não é um retrocesso aos Primórdios do Metodismo na Inglaterra pura e simplesmente, todavia, uma atualização nos princípios do Movimento Metodista, diante da realidade de que hoje somos chamados a sermos Igreja de Jesus Cristo.
De acordo com o Plano para Vida e Missão da Igreja, a Igreja Metodista, em sua vocação, entende a santificação como expressão das obras de piedade à vida devocional, e de misericórdia, solidariedade aos excluídos. O plano traz, assim, em seu viver prático a concepção de que:
“A Missão de Deus no mundo, estabelecer o Reino de Deus. Participar da construção do seu Reino em nosso mundo, pelo Espírito Santo, constitui-se na tarefa evangelística, e eu acrescento, e de ação diaconal da Igreja”.
De acordo com o Credo Social da Igreja Metodista:
“… a Igreja Metodista afirma sua responsabilidade cristã pelo bem-estar integral das pessoas como decorrente de sua fidelidade à Palavra de Deus, expressa nas Escrituras do Antigo e Novo Testamento. A ação social da Igreja, como parte da Missão, é nossa expressão humana do amor de Deus. É o esforço da Igreja para que na terra seja feita a vontade do Pai. Isto acontece quando, sob a ação do Espírito Santo, nos envolvemos em alternativas de amor e justiça que renovam a vida e vencem o pecado e a morte, conforme a própria experiência e vida de Jesus”.
Lembremo-nos de que o Reverendo Hugh Claurence Tucker, ao adquirir a propriedade do Instituto Central do Povo (ICP) em 1906, na cidade do Rio de Janeiro (Zona Portuária) faz uma opção clara de estar ao lado dos mais excluídos, ou seja, a serviço do povo empobrecido, quer seja na área de educação popular, quer na área da ação social e saúde e outras realidades, e especialmente, na área celebrativa e cúltica da Igreja Metodista, afirmando assim o Deus Javé, o Eterno, Deus da Vida Abundante, humanizado em Jesus Cristo – o Messias.
Que o Eterno nos abençoe em nossa caminhada quotidiana!
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