Autor: Autor Desconhecido
Os pastores da Igreja Brasileira precisam ser despertados para a importância de valorizar os chamados missionários. Da mesma forma, as pessoas que têm sido chamadas para o trabalho no campo precisam perdoar seus pastores, perdoar a falta de apoio moral que não receberam. Esta será a forma de levantar uma Igreja sadia no Brasil, acredita a missionária Vilsa de Azevedo, da Missão Antioquia, que serve a Deus atualmente na África.
Vilsa faz avaliação sincera da situação atual da Igreja Brasileira em relação ao envio de missionários. “Infelizmente, no Brasil, ainda hoje, é comum o pastor da igreja local deixar de dar qualquer apoio moral à pessoa que lhe diz ter recebido um chamado missionário. ‘Ele quer é viajar’, costuma pensar o pastor a respeito do candidato, quando não tem coragem de dizer a ofensa na cara do candidato. Mal sabe ele que, na verdade, o missionário, está é optando por uma vida de sacrifícios, por amor a Cristo e a Igreja. Só quem está no campo sabe o que significa servir a Deus em um país estranho, de língua e costumes totalmente diferentes do seu”, diz Vilsa.
Por ignorar os chamados e não valorizar os missionários, muitos pastores estão ministrando hoje a pessoas tristes na Igreja, que estão feridas por não terem recebido qualquer incentivo a continuar a carreira.
A missionária Vilsa de Azevedo acredita que só há uma forma de cura neste caso. “É preciso que a pessoa ferida libere o perdão a seus pastores e líderes. Eles precisam ser perdoados. Ao mesmo tempo, precisam ser despertados para valorizar os chamados missionários que acontecem em suas igrejas”.
Vilsa conta que tem visto coisas inacreditáveis na Igreja. “Hoje há igrejas ricas no Brasil, com departamentos para tudo, da música à Biblioteca e sequer têm um quartinho para receber seu m issionário quando ele chega de viagem, ou sequer tem um departamento envolvido em missões”. Vilsa conta sua própria experiência. Lembra que, ao ser chamada para a obra missionária no Estado do Espírito Santo, a primeira frase que recebeu do Pastor foi a de que a igreja não tinha dinheiro. Ela diz que não desanimou. Disse ao pastor que precisava apenas de sua bênção. Recebida, saiu e lembra que Deus tem sido fiel a ela desde então. Tem encontrado mantenedores e pessoas interessadas em seu bem estar.
“Na verdade, isto não deve ser assim”, reconhece Vilsa. “O correto é que a igreja local se encarregue do sustento do missionário e de sua família no campo. Mas infelizmente, o que se tem visto são muitos irmãos que, impelidos pelo chamado missionário, saem a campo sem receber totalmente o apoio financeiro e espiritual da Igreja, porque esta não possui visão missionária”.
Reino de Deus é formado por enviados e enviadores
Hoje, as pessoas costumam fazer diferenciação na Igreja entre os que ‘tem um chamamento e os que não tem sido chamados’. Na realidade, isto não existe diz Vilsa. ‘Todos são chamados. Alguns, para serem enviados e outros, para serem os enviadores. Só há estes dois tipos de pessoas no Reino de Deus. O que fica com a bagagem tem a mesma recompensa que aquele que vai. O peso espiritual é, quase sempre, o mesmo. Até para contribuir é preciso orar”, ensina a jovem.
O missionário precisa de todo o apoio possível, desde o financeiro, até o da intercessão e o de retorno, lembra Vilsa. “Como é bom o missionário voltar ao seu país e saber que alguém preparou um lugarzinho só para você. “Uma vez preguei em uma grande igreja de São Paulo. Tinha sala para tudo, para crianças, jovens, pastores e não tinha um quartinho para os missionários. Uma igreja de 3 mil membros e não tinha um missionário”.
Vilsa convida os pastores do País a não desprezar os chamamentos que acontecem dentro de suas igrejas. “Não tentem entender os caminhos de Deus. Quando fui falar com meu pastor que Deus me chamara para pregar fora do País, ele me perguntou por que eu quer ir tão longe, quando havia tanta necessidade por ali… O que ele não entendia é que Deus abre portas onde elas não existem”.
Vilsa também convida os missionários ou candidatos em potencial a não abandonar sua igreja apenas porque seu pastor não concorda com seu chamamento. “Invista em seu pastor, ore por sua igreja, até que a visão fique clara e certamente Deus não deixará você nem sua igreja fora deste movimento”.
Fonte: http://www.jornalhoje.com.br/newfiles/jh_missionario_5.php
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