Autor: Jônatas Alves de Oliveira
Encontramos no capítulo 11 do Evangelho de João a história de Jesus e seus discípulos diante da morte de um amigo, Lázaro. É interessante notar que Jesus, após receber a notícia de sua enfermidade, demora algum tempo antes de ir à casa do amigo. Entretanto, nesse ínterim, seu amigo já havia falecido.
Quando Jesus diz aos discípulos que era necessário retornar à Judéia, eles ficaram atônitos, pois sabiam que os judeus daquela cidade já haviam intentado contra a vida do mestre. Os apóstolos não conseguiam entender tal intento.
Creio que temos um aspecto negativo e um positivo a ser ressaltado nessa situação. O negativo era seguir a Jesus pela caminhada com uma expectativa de morte, sem vislumbrar o poder inimaginável do sábio messias. Eles iriam à Judéia, com expectativas diferentes de Jesus. O versículo 15 evidencia que o filho de Deus tinha conhecimento do milagre que seria operado em Lázaro, ainda que seus discípulos o seguissem sem a mesma convicção.
O aspecto positivo origina-se do último. Eles sabiam o caminho pelo qual deveriam – e iriam – seguir. Eles não tinham dúvida de onde chegariam. Não era mistério algum que o destino era a Judéia, especificamente a casa do amigo Lázaro. Por mais difícil que seja o caminho, o fato de estarmos seguros de que o caminho percorrido é aquele que Jesus determinou nos traz conforto.
Hoje, como Igreja, necessitamos discernir o caminho que Jesus deseja que percorramos; precisamos saber onde Deus quer que cheguemos. Nós, líderes da comunidade, temos orado e discutido, a fim de discernirmos a voz de Deus diante dos desafios que nos cercam. Não creio que Jesus nos chamou simplesmente para caminhar, mas que, na condição de Igreja, Ele nos desafia a caminharmos pelos caminhos com os objetivos que Ele claramente nos delegou.
Possivelmente diante de um planejamento, poderemos ficar assustados com os desafios, poderemos acreditar que não é a melhor escolha, poderemos até mesmo como Tomé, seguir o caminho com a perspectiva de derrota e do fracasso, mas, se tivermos a convicção da voz e do chamado de Deus, não temeremos aos desafios.
Minha oração é para que possamos discernir a voz e a ordem de Jesus, além de obedecer sem temor a sua voz, pois sabemos que assim como no passado, quando obedecemos a sua Voz. Podemos presenciar grandes milagres. Que Deus nos abençoe.
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