O menino no barco do pai

Autor: Autor Desconhecido




Era uma vez, um capitão de um barco que vivia na Espanha. Ele zarpava de porto a porto. Porque ele viajava para muitos portos de diversos países, ele voltava para casa só uma vez por mês, a cada três meses, ou a cada seis meses. Ele tinha um filho e sempre que voltava de uma viagem, ele sempre ia beijá-lo e abraçá-lo. Ele geralmente lhe trazia alguns presentes. Quando chegava a hora de zarpar, ele deixava o seu filho, que ficava triste, daí ele sempre dizia, “Eu voltarei daqui a um tempo. Fique bem com sua mãe”
Um dia, ele voltou de uma longa jornada e saudou seu filho. Ele amava muito seu filho. Mas chegara a hora de zarpar para outros portos, e como sempre, seu filho não o deixava partir. Então ele prometeu que o levaria junto na sua próxima viagem.
Alguns meses se passaram e o capitão voltou para casa. Seu filho estava muito feliz de rever seu pai porque ele poderia ir a bordo junto dele. O capitão não poderia quebrar sua promessa, então ele aceitou a companhia de seu filho. O filho tinha por volta de quinze anos e sua mãe estava preocupada com ele porque ele era muito jovem para estar a bordo. O capitão aliviou a sua ansiedade ao dizer, “Não se preocupe. Está tudo certo. Esta viagem não será muito longa”.
Na noite antes da viagem, o menino não conseguia pegar no sono por causa da sua excitação de ir a bordo. O capitão disse para ele levar coisas com as quais se entretesse porque não teria nada para ele fazer. Tudo que eles teriam seria o céu e o mar. Então, ele fez o que seu pai lhe dissera. Ele levou brinquedos e livros de estórias, e também levou seu melhor amigo, um macaco a bordo.
Finalmente, o barco zarpou e sinalizou com um “Tuooooo”. Ele estava ocupado olhando as gaivotas, ondas e diversos tipos de peixes. O barco estava vagarosamente flutuando na água salgada. Logo, estavam no meio do oceano. Não havia mais gaivotas que ele pudesse avistar, então ele começou a brincar com seu melhor amigo, o macaco, pois geralmente seu pai e os marujos estavam ocupados.
Um dia, como sempre, eles brincavam num quarto. De repente, o macaco pegou o chapéu do filho e fugiu. O menino perseguiu o macaco atrás do seu chapéu. Para a cabine, para o convés, para lá e para cá. Por fim, o macaco subiu até o topo do mastro. O menino subiu atrás e disse, “Agora, eu posso pegá-lo”. Quando ele estava quase alcançando o macaco, ele escalaria mais três passos. Então, ele foi escalando mais alto para alcançá-lo. O menino perseguiu o macaco sem saber o quão alto estava. Finalmente, o macaco parou no topo do mastro. “Não há mais lugar, para onde você possa ir”. Ele disse ao macaco. Mas quando ele estava para agarrá-lo, o macaco simplesmente pulou do topo do mastro para outro mastro. O menino só percebeu que estava num lugar muito alto, quando olhou para baixo. Ele sentiu-se tonto e os marujos pareciam ser pequenos como formigas. A vista o fez perder a força de suas mãos. Ele estava com muito medo. Ele estava numa situação medonha e não conseguia descer. Ele estava perdendo o poder de suas pernas.
Naquele momento, o marujo que estava trabalhando no convés, viu o pobre menino. “Oh não! É o menino do capitão”, o marujo gritou. “Quem pode escalar e carregá-lo para baixo?”.
Os marujos estavam fazendo um grande tumulto ao redor deste problema. O menino estava vagarosamente perdendo a força em seus braços, mas ele ainda se segurava fortemente. Ele sabia que ele morreria se ele se soltasse do mastro. Um marujo correu para o capitão e chorou,
“Capitão! Venha rápido, rápido!”.
“O que está acontecendo?”, o capitão perguntou.
“Seu filho está no topo do mastro”.
Ele saiu e viu seu filho tremendo de medo e chorando,
“Pai, pai!”.
“Como isto aconteceu?”, perguntou o frustrado capitão.
Um dos marujos lhe disse todos os detalhes sobre o que havia ocorrido. Depois de ouvir tudo, ele fechou seus olhos para pensar por um instante; inesperadamente, ele tirou sua arma. Os marujos pensaram, ‘Qual é a finalidade de se matar o macaco agora?’ O capitão olhou para seu filho enquanto segurava sua arma e disse,
“Filho, você pode me ouvir?”.
“Sim papai, eu posso te ouvir!”, ele disse.
De repente, ele apontou a arma para seu filho e disse,
“Filho, pule no oceano! Se você não pular, eu irei atirar em você. Você deve pular no oceano antes que eu conte até cinco, ou, eu irei atirar”.
O capitão estava muito sério. O filho conhecia seu pai. Ele dizia as coisas uma vez, então ele poderia realmente cumprí-las, não importando como. O filho pensou, ‘Eu posso ficar aqui e morrer ou pular no oceano’.
Era assustador soltar suas mãos, mas a arma era mais assustadora que pular na água, então, ele se preparou para pular.
“Um!”. O capitão começou a contra.
“Dois!”. O capitão olhou para ele amedrontado.
“Três!”. Neste instante, o menino soltou suas mãos e chutou o mastro, o mais forte que pôde. Ele caiu na água. Os marujos esperaram lá e o resgataram da água.

www.ilustrar.com.br


Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*