Autor: IP de Curitiba
Depravação total
O homem em seu estado natural está morto em suas faltas e pecados
Esta antiga convicção da igreja cristã, de que o homem, estando morto, por suas faltas e pecados (Ef. 2:1,5) – não pode salvar a si mesmo. Mesmo assim, o ser humano tenta freqüentemente fazer algo que o traga para sua própria salvação! Mas Jesus disse: “Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.” (João 15:5). É por essa razão que a Bíblia diz que Deus é o único autor da conversão do ser humano. Qualquer pessoa que ouvir do Evangelho é inclinado por Deus para aceitá-lo. Ele é livre para aceitar. Mas, e aqui está o grande problema, ele não é capaz de aceitar, porque ele não tem um desejo santo ou vontade própria para fazê-lo. “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal?” (Jer. 13:23). A natureza pecaminosa do homem, e somente isso, torna impossível para o ser humano fazer qualquer coisa que o traga próximo a sua própria salvação. Como Jesus uma vez disse: “para o homem isso é impossível…” (Mt. 19:26). É impossível para aqueles que estão mortos no pecado receber Jesus Cristo como ele gratuitamente ofereceu no seu evangelho. Quão agradecidos nos deveremos ser, então, Jesus veio dizer, “… porque com Deus todas as coisas são possíveis.” A Fé Reformada nos ensina que a habilidade humana sofreu uma mudança drástica como resultado da sua queda no pecado. O homem era originalmente livre e capaz de fazer a vontade de Deus. Mas “por causa de sua queda em um estado de pecado”, ele teve “total perda de suas habilidades de querer fazer qualquer bem espiritual, junto com a salvação: então como, um homem natural, sendo adverso a tudo que seja bom, e morto no pecado, não é capaz, pela sua própria força, de converter a si mesmo ou preparar-se para tal situação?” (CFW, IX: 3). Deus não tirou do homem a habilidade de fazer o bem. Tanto que enquanto plano de Deus, o homem ainda é livre para fazer o bem. Mas ele não tem a habilidade para fazer o bem; mas é de fato “totalmente indisposto, incapaz e feito em oposição a tudo o que é bom, e totalmente inclinado para o mal” (CFW, VI: 4). É isto o que as escrituras ensinam, quando elas dizem, “Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar”(Rom. 8:7). A depravação do homem, em outras palavras, é total por natureza.
Eleição incondicional
Deus o Pai escolheu soberanamente aqueles que serão salvos
Todos os cristãos confessam que Deus é soberano. Mas não tem valor algum dizer que Deus é supremo, a não ser que nós realmente tenhamos a intenção na inteireza de nossa confissão. Mas ouça: “Deus, por toda a eternidade, fez, pelo mais sábio e santo conselho de sua própria vontade, livremente, e de ordem imutável tudo aquilo que vier a ser” (CFW, III: 1). E novamente: “Deus o grande criador de todas as coisas e mantenedor direto, dispõe, e governa todas as criaturas, ações, e coisas, das maiores as menores” (CFW, V:1). Não existe, em todo universo, algo como “sorte” ou “chance”. Este é o ensinamento que significa que Deus realmente é Deus. Pois como dizem as Escrituras, “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Dan. 4:35). Não é meramente que Deus pode fazer sua vontade e sim que Ele realmente a faz – sem nenhuma interferência de ninguém ou coisa alguma. Mesmo em respeito ao homem caído em Adão, e o destino eterno de homens e anjos, a Confissão Reformada diz que Ele é Senhor de tudo. “Pelo decreto de Deus, pela manifestação de sua glória, alguns homens e anjos são predestinados para vida eterna; e outros, ordenados de antemão para morte eterna… Seu número não é certo e definido, e não pode ser acrescido ou reduzido.” (CFW, III: 3-4). Mas também, que seja imediatamente observado que esta mesma confissão enfaticamente nega que Deus seja o autor do pecado ou que a violência é oferecida pela vontade das criaturas por seu controle divino (III:1). Isto parece contraditório, claramente, por que parece que se Deus controla todas as coisas, então tem que ser sua culpa se o homem está condenado. Mas este não é o caso. As Escrituras não explicam como Deus determina o destino humano enquanto, assim mesmo, a responsabilidade total pelos pecados repousa em nossos ombros. Somente sabemos que é assim. A diferença da Fé Reformada e outros tipos de confissões cristãs não muito consistentes é que a Fé Reformada não argumenta ou tenta racionalizar contra a supremacia de Deus. Não contra aquilo que a Bíblia deixa claro. É um antigo objetivo da doutrina da Absoluta Soberania de Deus, que não pode ser colocado como um meio desqualificado sem a negação da liberdade humana. Pois como, é a pergunta, pode o homem ser livre se Deus controla todas as coisas? Muitos quando encaram esse problema, imediatamente decidem que Deus não pode ser absolutamente soberano no fim das contas. Mas isso não somente representa equivocadamente a Deus, mas também faz compreender mal o homem, pelo fato da liberdade do ser humano ser realmente limitada. Existem muitas coisas que ele não pode fazer por causa de suas limitações devidas à herança, meio ambiente, educação familiar, e oportunidades. E todas essas limitações foram impostas por Deus. Ele é verdadeiramente Senhor de Tudo, e “segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade” (Ef. 1:11). E – como já temos visto – o ser humano é também limitado pela perda de suas habilidades. Então, não é a soberania de Deus que torna impossível para o ser humano fazer aquilo que precisa ser feito! Não, foi a própria rebeldia que fez isto. Voltemos ao mundo antigo, antes do dilúvio, e o que você vê? Vemos o retrato daquilo que o ser humano escolheu pela sua própria e livre vontade! Mas então vemos que um homem e sua família forem salvos da ruína total. Mas por que foi ele salvo? Era Noé melhor que os outros homens? Era ele bom o suficiente para escolher Deus pela sua habilidade natural e inclinação de seu coração? Se esse fosse o caso, a Bíblia não teria dito que ele “achou graça” aos olhos de Deus. Ela então afirma o seguinte, porque Noé não merecia a misericórdia de Deus mais do que qualquer outro; Deus simplesmente o escolheu. E por que Deus salvou a Abraão? Seu povo adorava a “outros deuses” (Josué 24:2), ainda assim Deus o tirou de Ur dos Caldeus. Deus também fez uma distinção ainda maior entre seus descendentes: Ele escolheu Isaque, não Ismael, como herdeiro da promessa. Então, para ser ainda mais conclusivo, ele disse para Isaque e Rebeca antes de seus filhos gêmeos nascerem, “O mais velho servirá ao mais moço’… ‘Amei a Jacó, mas odiei a Esaú” (Rom. 9:12-13). Ele assim o fez “para que o propósito de Deus na eleição se mantivesse” (vers. 11), para esclarecer que não “depende do desejo humano ou esforço, mas na misericórdia de Deus” (vers. 16), e para mostrar que “Deus mostra sua misericórdia para aqueles a quem ele quer que recebam sua misericórdia, e endurece aqueles que ele quer endurecer” (vers. 18). Deus é como um oleiro; de um pedaço de argila Eles faz “alguns vasos de bênçãos e vasos de maldição” (ver. 21). Esta é a eleição incondicional. Simplesmente significa que Deus tem a decisão final sobre os que serão salvos, e Ele não os escolhe pelo fato de terem algo diferente em si mesmos. E qual é a reação mais comum para essa doutrina maravilhosa? Bem, é mais ou menos assim: “Se eu sou eleito, serei salvo independente daquilo que eu venha fazer. E se eu não sou eleito, não fará nenhuma diferença o que eu faço ou deixo de fazer, por que Deus não irá me aceitar de qualquer jeito.” A natureza corrupta do homem, sempre quer “virar a mesa” e culpar a Deus ao invés de si mesmo. Mas os caminhos de Deus não são os nossos caminhos. Sua eleição soberana não destrói de forma alguma nossa responsabilidade. Se seu medo é de que você não seja eleito, sua posição é bem parecida com a dos leprosos mencionados em 2 Reis 7:3-8. Jerusalém estava sitiada e o povo estava morrendo de fome; do lado de fora dos muros de Jerusalém estavam os soldados da Síria. Então um dos leprosos disse, “Por que ficar aqui até morrermos?… Vamos ao acampamento dos Sírios e nos render. Se eles nos pouparem, viveremos; se eles nos matarem, então morreremos.” Assim é com pecadores perdidos a oferta do evangelho. Se ficarem como estão, morrerão; Se eles buscarem ao Senhor em arrependimento e fé, não é possível que faça a situação piorar. Alem do mais, Jesus disse que ninguém que faz a sua vontade será rejeitado (João 6:37). A verdade é que o homem natural odeia a única coisa de que ele mais depende: ser prostrado de joelhos em reconhecimento de seu desespero e sua falta de poder para se auto socorrer. Ainda que somente uma atitude nessa escala, poderá ser verdadeiramente salva.
Expiação limitada
O Senhor Jesus morreu por todos aqueles a quem o Pai concedeu graça, e somente por eles
Nós fomos salvos porque Deus, o Pai nos escolheu para sermos salvos. Mas nós somos salvos somente pela eleição? Não, nós somos também salvos pelo sacrifício sofrido por Jesus na cruz. Pois, como a Bíblia diz, seu nome seria Jesus porque ele iria “salvar seu povo de seus pecados” (Mateus 1:21). Se Deus o Pai elegeu uns para vida eterna, em outras palavras, então preciso continuar dizendo que Cristo morreu por uns somente e não por toda humanidade sem distinção. Isso, também, faz parte dos ensinamentos da Fé Reformada. O sacrifício é limitado – não em seu valor, mas somente para aqueles a quem foi aplicado. O sangue de Jesus é precioso; ele tem valor ilimitado. Também não seria seu valor exaurido se todos os seres humanos fossem de fato salvos por ele. Mesmo assim, existe uma limitação imposta sobre o sacrifício de Cristo, por desejo do Pai. Aqueles que são salvos pelo sangue de Jesus Cristo são somente aqueles de quem a intenção do Pai era de serem salvos. Mesmo sendo a Bíblia clara, quando diz que nem todos serão salvos, algumas pessoas ensinam que foi vontade de Deus salvar a todos os homens sem exceção. Esse ensinamento deve ser rejeitado porque sugere que Deus não é capaz de fazer aquilo que Ele se propôs a fazer. Outros dizem que não foi intenção total de Deus salvar a todos. Dizem que Ele teve a intenção de salvar toda humanidade fazendo uma parte e deixando outra parte como responsabilidade humana. Esse ensinamento também deve ser rejeitado porque diz que Cristo não é o único salvador – Ele então precisaria compartilhar sua glória com o homem pecador. A Fé Reformada, ecoando as Escrituras, ensina que somente algumas pessoas serão salvas. Também nos ensina que somente Deus salva os pecadores, e então nos ensina que aqueles que são salvos são aqueles que Deus quis que fossem salvos. Como Jesus disse ao Pai, falando sobre si: “assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste” (João 17:2). “assim como o Pai me conhece a mim, e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas.” (João 10:15). Nós sabemos bem que esta doutrina vai contra a razão natural do ser humano. Já há muito foi dito, contra esta doutrina, que ela restringe a esperança da vida eterna para alguns poucos. Alguns também dizem que se esta doutrina fosse verdadeira, não haveria sentido em pregar o evangelho, uma vez que a morte de Cristo não teve a intenção de salvar a muitos dos que ouvirem sobre ela. Mesmo eles tendo a intenção de reduzir a glória de Deus para aumentar as “chances” do ser humano, como eles vêem. Eles preferem dizer que Deus teve a intenção de salvar a todos com a morte e ressurreição de Cristo, para assim dar a todo homem e mulher uma chance, deixando assim a decisão final para os mesmos! Quão equivocada é essa idéia; ela sacrifica muito e não ganha nada. Dizer que Deus meramente quer que todo homem seja salvo, quantos mais poderão ser salvos? A resposta é: nenhum! Porque mesmo aqueles que trabalham em cima de tal teoria admitem que muitos serão perdidos, como a Bíblia assim ensina. Esse compromisso somente parece dar ao ser humano uma melhor “chance”, mas realmente não o faz. De acordo com a visão reformada, quantos são salvos a menos? A resposta é: nenhum. Pois a própria Bíblia nos ensina que Deus salvará “uma grande multidão que ninguém poderá contar” (Ap. 7:9). E quem, por esse fato, terá menor oportunidade de ser salvo? A resposta novamente é: ninguém. Porque nenhum homem pode saber – até morrer como um não crente – que ele não é eleito, pela simples razão que Deus não revelou esta informação para qualquer não crente. Mesmo assim, aqueles que vieram a Deus através de Jesus Cristo descobriram que Ele morreu particularmente por eles. Eles podem então dizer como Paulo que o Filho de Deus “me amou e se entregou por mim” (Gal. 2:20).
Graça irresistível
O Espírito Santo soberana e efetivamente aplica a salvação ao eleito
Se os homens fossem deixados na dependência de sua própria força e habilidade em qualquer ponto no processo de salvação, nenhum poderia ser salvo. Mas esse não é o caso. A Fé Reformada ensina a todos que Jesus orou: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora.”(João 6:37), e aqueles que Jesus afirmou: “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.”(ver. 44). E é aqui que vemos o ministério salvador do Espírito Santo. O Deus triúno verdadeiramente salva seus eleitos pela “iluminação de suas mentes espiritual e salvificamente para entender as coisas de Deus, tirando seus corações de pedra, e dando a eles um coração vivo; renovando suas vontades, e, pelo seu grandioso poder, determinando-os para aquilo que é bom, e efetivamente atraindo-os para Jesus Cristo: Ainda assim, eles vêm livremente, sendo feita sua vontade pela Sua graça” (CFW, X:1). E que se note cuidadosamente que “esse chamado efetivo é somente pela livre graça de Deus, não por algo que foi achado nos homens, os quais são todos agentes passivos, até serem alcançados e renovados pelo Espírito Santo, ele (o homem) é então capaz e responder ao chamado de Deus, e abraçar a graça oferecida convenientemente a ele.” (parte 2). Todos os pecadores que ouvem o evangelho são chamados a se arrepender e crer. Mas eles não podem fazê-lo, porque eles estão mortos em seus delitos e pecados. Então Deus, pela operação do Espírito Santo, cria em seus eleitos o poder de fazer aquilo que ele nos ordena. Da mesma forma como era impossível, Lazaro estando morto, ouvir a voz de Jesus e ir até ele saindo da sepultura. Mesmo assim ele ouviu e saiu da sepultura porque aquele que o chamou também lhe deu poder para ouvir e obedecer, assim é nossa conversão. Não me admira que Paulo tenha perguntado: “Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?” (1Co. 4:7). O divino e soberano ato de regeneração efetiva pelo Espírito Santo precedem a atividade humana de arrependimento e fé. Este claro ensinamento abrange tanto a indivisível glória de Deus e a responsabilidade humana. Alguns têm imaginado que se a regeneração só é possível pela soberana ação do Espírito Santo, então alguém pode sinceramente ter o desejo de ser salvo mas pode não ter a “chance” de receber a salvação. Mas a verdade é que ninguém desejará ser salvo como Deus deseja, sem antes ser alvo da ação da graça regeneradora: “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1 João 4:19). Outros têm pensado que se Deus converte ao pecador, não há a necessidade de que o pecador obedeça aos mandamentos do evangelho tendo assim que se arrepender e crer em Cristo. Mas novamente, a verdade é de outra maneira. Porque a única forma que nós podemos saber se a graça de Deus foi realmente dada a nós, é quando temos o desejo de guardar os mandamentos do Senhor. “Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos.” (1 João 2:3). Todo aquele que atende ao chamado da graça de Deus, tem então, unicamente nesse ato, a única evidencia que a graça lhe foi concedida por Deus. Como o Apóstolo Pedro disse: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude,” (2 Pedro 1:3). Todos aqueles que recusam obedecer ao evangelho têm somente a si mesmos para culpar; mas todos os que vêm à presença de Cristo, têm somente a Deus para agradecer
Perseverança dos santos
Aqueles que são verdadeiramente salvos nunca se perderão
Como temos visto até agora, os ensinos reformados têm uma visão de Deus muito mais enaltecida e uma visão sobre o homem, bem mais reduzida do que é comum entre os seres humanos. Não há dúvidas de que é por isso que a natureza humana não consegue aceitar a fé reformada, ao mesmo tempo em que o homem pode vir a concordar com teorias mais fáceis ou formas mais “aceitáveis” de cristianismo que são ensinadas. Não há dúvida de que é por isso também que Jesus disse a Pedro, assim que ele entendeu esse ensinamento, “Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (Mateus 16:17). Nada além da poderosa e soberana graça de Deus pode fazer com que o ser humano aceite esse fato. Mas nós não devemos imaginar que o crente reformado é mais pobre por essa causa, porque o beneficio é muito maior do que o custo. Porque se ao homem pecador que ele reconheça que não pode fazer nada por si mesmo, isso o põe ao alcance de uma bênção incomparável: “Aqueles que Deus aceitou como seus amados… não podem nem totalmente ou finalmente cair de seu estado de graça, mas certamente irão perseverar íntegros até o fim, e ser eternamente salvos.” (CFW, XVII:1). Eles não podem “cair da graça” porque Deus traz a obra da salvação a um estado de perfeição que é exclusivamente Seu. E isso tudo é verdade, apesar de uma aparência (mas não realidade) de graça em hipócritas e as tendências ao pecado em verdadeiros crentes. Agora, como todos sabem, existem aqueles que parecem ter caído da graça. Eles parecem ter interesse em Cristo, mas então perdem todo e qualquer interesse N’Ele. Como então, pode-se perguntar, podemos ter certeza de que todos aqueles que são escolhidos por Cristo perseverarão na fé? A resposta é encontrada na Bíblia: “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos.” (1 João 2:19). Se os seres humanos fossem salvos por Deus, para depois se perderem novamente por causa de seus atos, então Deus seria um fracasso! E isso parece acontecer. Mas isso não acontece de forma alguma, porque “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” (Filipenses 1:6). Todos aqueles que realmente pertencem a Ele “…pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo.” (1 Pedro 1:5). Este ato é de que se deve totalmente ao poder de Deus, e não à força vinda do crente; mesmo os cristãos verdadeiros não podem fazer nada por si próprios. Existe, pela criação e sustentação da graça de Deus, uma fé insaciável, um desejo por Deus no coração de cada verdadeiro crente, que é encorajado e capacitado para lutar o bom combate da fé, mantendo-se fiel até o fim. Como poderia Deus ser verdadeiramente Deus se Ele não aperfeiçoasse a boa obra, a qual Ele mesmo começou em nós?
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