Autor: Autor Desconhecido
Um menino saiu com os amigos para passear. Andando pelo campo, ouviu o canto de um pássaro. Aquele canto era diferente de todos os outros. A melodia entoada pela ave era belíssima. O menino parou e ficou procurando ver de onde vinha o som, até que viu um pequeno pássaro, com o peito vermelho, em cima da árvore.
Querendo ter aquele canto somente para si, resolver pegar o passarinho. Levou a arapuca e a armou em baixo da grande árvore e ficou escondido, vendo o que iria acontecer. Após alguns instantes ouviu um barulho. Correu até lá e, para sua alegria, a arapuca havia prendido o pássaro, que se debatia desesperadamente, tentando fugir. O menino ficou maravilhado com “seu presente”. Correu para casa, limpou uma gaiola e colocou ali a linda ave, esperando que ela logo começasse a cantar. Mas, para sua surpresa, a ave permanecia o tempo todo muda.
Ele colocava a gaiola todos os dias no quintal de sua casa, em baixo de uma árvore, mas nenhum som se ouvia.
Apenas um pequeno e triste piado.
Desencantado, o menino conversou com o pai. Com todo carinho, o pai lhe explicou que muitas aves jamais se adaptam à vida em cativeiro. Foram criadas para serem livres e só podem ser felizes quando estão em liberdade. Disse também que, na gaiola, não poderia cantar para alegrá-lo. Mas se fosse solta, cantaria e alegraria a todos aqueles que passassem perto de sua árvore.
Conformado, o menino pegou a gaiola e correu novamente para baixo da grande árvore. Sentou-se de frente com ela e disse para o pequeno pássaro.
– Eu gosto muito de você. Seu canto é maravilhoso. Eu queria ter você só para mim. Mas sei que você não será feliz, presa nesta gaiola. Deus criou você para ser livre e é assim que você deve ser.
Com os olhos cheios de lágrima, ele abriu a porta da gaiola e disse:
– Você está novamente livre…
Enquanto ele falava, a ave, vendo a porta da gaiola aberta, voou livremente para o alto da árvore. Dentro de poucos minutos, novamente estava cantando. E seu canto agora parecia mais bonito. Era o canto da liberdade.
Todos os dias o menino ia para aquele lugar ouvir o canto do seu amigo. E ali ele aprendeu uma grande lição: para ser sua, a ave não precisava estar presa na gaiola. Ela seria sempre sua, estando livre para cantar no alto da árvore.
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