João Fogueteiro

Autor: Jackson Santos
Mais uma festa cultural que acontece aqui no Brasil. A festa junina. No passado, os festejos realizados no mês de junho levava o nome muito apropriado. A Festa do São João. Embora em outras regiões o nome original ainda permaneça.

Com a utilização do moderno nome, possivelmente muitos, senão todos, podem se envolver e dar a sua parcela de contribuição na festa, porém, utilizando o velho nome, com certeza muitos se sentiriam constrangidos em apoiar e até mesmo participar mais diretamente dessa festa devido a conotação religiosa, pagã e idólatra.

O calendário nos mostra que essa data é exclusiva para a tal festa. Tentar diluir os efeitos nefandos utilizando outros nomes e alterando alguns aspectos característicos desse dia e dessa festa dedicado a um ídolo, como é utilizado hoje por muitos grupos, é uma tentativa inútil de escapar da invenção da turba idólatra que inventou um festejo junino que tem mais a ver com a lenda fantástica de um “santo” do que mesmo com aspectos meramente culturais.

Na verdade são inúmeras as tentativas de tornar essa festa unicamente folclórica e cultural, mas, todas serão em vão, pois as origens e os princípios dela nos revelam o contrário; e além do mais, os componentes que envolvem a estrutura da festa estão em desarmonia com os ensinos das sagradas escrituras.

Um povo que vive longe de Deus desconhecendo a sua Perfeita Vontade está desprovido de discernimento para saber o certo e o errado. E em muitos casos é tênue a linha que separa a verdade da mentira e sendo tão sensível muitos confundem o belo e o feio, o certo e o errado, cultura e pecado; e nisto tropeçam levando-os a praticar atos que ferem a santidade do Deus Eterno.

É bom reler o que o apóstolo Paulo escreve aos Romanos no primeiro capítulo e verso vinte e cinco; ele declara: “ Homens que mudaram a Verdade de Deus em mentira, adorando a criatura no lugar do Criador.”

A festa junina nada mais é do que uma homenagem a um ídolo chamado de João Batista. A Bíblia não o reconhece pois as características desse deus é incompatível com os ‘joãos’ apresentados por ela.

Há uma infeliz tentativa de se relacionar esse “santo” com o grande homem de Deus, João – apenas João – qualquer semelhança com outro é mera especulação.

A homenagem ao “Santo São João” é envolvida de queima de fogueira, fogos de artifício de várias espécies, canjica, milho assado, pipoca, cachaça, etc.

Muitos argumentam; Isso é cultura! Não estamos homenageando a santo nenhum, estamos participando de uma festa cultural, a festa junina.

A Bíblia é clara quando diz: “…mudaram a verdade de Deus em mentira”, e eu prefiro ficar com a Bíblia.

As lendas que envolvem este “santo” são fantásticas; é incrível como o ser humano é propenso a crer em qualquer coisa que se lhe apresente sem um exame mais acurado. Paulo, escreve a Timóteo alertando-o sobre o que aconteceria com muitos; “se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se a fábulas” II Tm. 4.4.

João, o santo homem de Deus tinha algumas características peculiares que o destacava dos demais da sua época.

A primeira – Ele era cheio do Espírito Santo – Lc. 1.15 “Pois ele será cheio do Espírito Santo já desde o ventre materno. O controle que o Espírito Santo exercia na sua vida o impedia de ter uma vida desregrada voltada para os vícios e toda sorte de pecados. Nenhum tipo de homenagem a João se transformava em discussões, brigas ou mortes, se é que ele as teve.

A segunda – Ele tinha uma mensagem poderosa de arrependimento dada por Deus para o povo da sua época. As ações do povo revelavam a ignorância e o desconhecimento da santidade de um Grande e Eterno Deus. E João não tinha outra alternativa . O seu brado não poderia ser outro; “ Arrependei-vos, Deixai os pecados.”

Muitos que ouviam assumiam o compromisso de seguir esse homem simples com uma mensagem tão poderosa tornando-se discípulos fiéis.

A Terceira – Ele pregava contra o pecado. Aquilo que os líderes, autoridades e o povo em geral praticava que não era do agrado do Seu Senhor, ele contestava; idolatria, adultério, corrupção e muitos outros pecados.

O seu compromisso com Deus e a Sua Verdade estavam acima dos aspectos culturais e folclóricos dos seus contemporâneos . A visão que ele tinha de Deus conduzia o povo que vivia em densa cegueira espiritual a direcionar os olhos para ele; “ O Cordeiro de Deus que tira o pecado do homem” Jo 1.23

A religião dos dias atuais promove um contexto de ingredientes adaptados à festa junina, pois o povo aprecia e a considera folclórica e cultural. No evangelho de Mateus no cap. 6.12 encontramos o resultado da fidelidade de João contra o erro e o pecado. Ele teve a cabeça decapitada pois se posicionou contra a imoralidade, algo que desagrada a Deus.

A religião de hoje aponta para um “santo” que é considerado dorminhoco que precisa de fogos para que ele seja acordado do seu sono profundo; e enquanto ele não acorda os seus homenageadores dançam as quadrilhas, comem as canjicas, a pipoca, e bebem o quentão até altas horas.

A festa sempre representa uma cerimônia embalada por crendices. Saltar a fogueira para dar sorte e deixar cair na fogueira todos os males para serem queimados.

A Bíblia nos mostra inúmeros povos com suas respectivas culturas e línguas próprias. A partir do momento em que esses povos conheciam ao Deus Eterno e o seu poder, havia um ajuste racional, um novo desenho das diversas etnias, em suas crenças, filosofias, e todo o modo comportamental dos indivíduos, numa clara e pontual identificação ao modo de pensar e agir e relacional daquele para quem estavam se submetendo; Jeová, o Deus Eterno.

Argumentar que essa festa do deus João é resgatar a cultura, a comida típica, a dança, é uma clara demonstração de acomodar-se ao padrão deste mundo. O invólucro pode até ser atraente com um misto de boas intenções – afinal não estamos fazendo a festa em homenagem a nenhum santo – argumentam alguns, mas no cerne é onde está a origem dos festejos. Uma homenagem a um suposto santo!

Portanto, é bom ter muito cuidado ao criar uma festa paralela com os mesmos ingredientes numa época quando os sentimentos do povo estão voltados em toda parte para a homenagem a um ídolo.

É preciso muito cuidado quando o assunto é cultura pois atrás de muitos aspectos culturais há o paganismo e a vil idolatria. E muitos incautos, desavisados, incorrem no grave erro de confundir aspectos culturais religiosos com costumes milenares peculiares de uma etnia, que ainda não nomeou o Jesus Cristo como Senhor de suas vidas.

E por fim, é bom lembrar os conselhos finais do apóstolo Paulo.

No último capítulo da sua segunda carta nos versículos dois a cinco ele escreve:

“…pregue a mensagem e insista em anunciá-la, no tempo certou ou não. Convença, repreenda, anime e ensine com toda a paciência. Porque virá o tempo em que as pessoas não escutarão o verdadeiro ensinamento,mas seguirão os seus próprios desejos. E juntarão para si mesmas muitos mestres, que vão dizer a elas o que querem ouvir. Essas pessoas deixarão de ouvir a verdade e escutarão as lendas. Mas você, seja ajuizado em todas as situações. Suporte o sofrimento, faça o trabalho de um pregador da Boa-Notícia do Evangelho e cumpra completamente o seu dever como servo de Deus. (TLH).

miapibr@bol.com.br

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